Gaspari: parlamentarismo proposto por FHC é golpe

"O parlamentarismo já foi rejeitado pelo brasileiros em dois plebiscitos, em 1963 e 1993, sempre por maioria acachapante. Com 77% a 17% dos votos num caso e 55% a 25% no outro", lembra o colunista Elio Gaspari, sobre a ideia de semiparlamentarismo proposta pelo ex-presidente FHC; "O semiparlamentarismo daria mais poderes a um Congresso de 594 deputados e senadores. Deles, 99 têm processos à espera de julgamento do Supremo Tribunal Federal"

SÃO PAULO, SP, 18.09.2012: PENSE LIVRE/FHC – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o lançamento da Rede Pense Livre – Por uma Política de Drogas que Funcione no auditório do Itaú Cultural em São Paulo. A Rede Pense Livre tem como propósito pro
SÃO PAULO, SP, 18.09.2012: PENSE LIVRE/FHC – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o lançamento da Rede Pense Livre – Por uma Política de Drogas que Funcione no auditório do Itaú Cultural em São Paulo. A Rede Pense Livre tem como propósito pro (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – O colunista Elio Gaspari classificou como "golpe" a ideia de semiparlamentarismo proposta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na última semana.

"Desde a semana passada, com o agravamento da crise política e econômica, surgiu a ideia de uma reforma do regime, chegando-se a um parlamentarismo ou a uma excentricidade chamada de 'semipresidencialismo' ou 'semiparlamentarismo'. Algo tão vago quanto uma semibicicleta. A proposta foi enunciada,de forma genérica e superficial, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Outro defensor da tese é o vice-presidente Michel Temer, que acumula a condição de pretendente ao trono (no caso do impedimento) com a de cliente da lâmina (no caso da cassação)", diz Gaspari em sua coluna.

"É golpe. O parlamentarismo já foi rejeitado pelo brasileiros em dois plebiscitos, em 1963 e 1993, sempre por maioria acachapante. Com 77% a 17% dos votos num caso e 55% a 25% no outro", reforça o jornalista, que aponta ainda a inconstitucionalidade da proposta. "Em condições normais de temperatura e pressão, a manobra do semiparlamentarismo é inconstitucional. Ela precisa buscar na crise a legitimidade da emergência", afirma.

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"O caroço do golpe está no desejo de se dar o poder a quem não tem voto", diz ainda o jornalista. "O semiparlamentarismo daria mais poderes a um Congresso de 594 deputados e senadores. Deles, 99 têm processos à espera de julgamento do Supremo Tribunal Federal. São 500 os inquéritos em andamento, inclusive os que tratam dos atuais presidentes da Câmara e do Senado."

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