Até Noblat reclama das trapalhadas do governo Temer
Colunista do Globo, que tem se esforçado para defender o governo interino de Michel Temer, se irritou com as sucessivas declarações controversas, depois desmentidas, dos ministros de Temer; "Ou há um cérebro superior a reger com propósito maquiavélico o coro dissonante de ministros do mal instalado governo do presidente em exercício Michel Temer, ou falta um cérebro superior capaz de pôr um fim rápido à sucessão de trapalhadas, dignas de noviços, produzidas por eles em tão curto espaço de tempo", atesta Ricardo Noblat
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247 - Colunista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, que tem se esforçado para defender o governo interino de Michel Temer, se irritou nesta quarta-feria, 18, com as sucessivas declarações controversas, depois desmentidas, dos ministros de Temer.
"Ou há um cérebro superior a reger com propósito maquiavélico o coro dissonante de ministros do mal instalado governo do presidente em exercício Michel Temer, ou falta um cérebro superior capaz de pôr um fim rápido à sucessão de trapalhadas, dignas de noviços, produzidas por eles em tão curto espaço de tempo", atesta Noblat.
Ele cita como exemplos de "burradas" do governo interino a extinção do Ministério da Cultura, que tem gerado protestos e ocupações em vários prédios da Cultura. "Na verdade, a Cultura foi esquecida. E, agora, o governo corre atrás do estrago", reconhece.
Noblat criticou também o "machistério" de Temer, do qual não participa nenhuma mulher. "Da última sexta-feira para cá, o governo está à caça de mulheres que possam ser encaixadas em cargos ainda em aberto e disfarçar com isso sua natureza essencialmente masculina. E à caça de uma para ocupar a Secretaria da Cultura, comporta-se como um amador. Convida quem recusaria o convite na certa. E se desgasta", diz.
O colunista do Globo cita ainda desgastes provocados por declarações infelizes dos ministros da Saúde, Ricardo Barros, sobre rever o tamanho do SUS, da Justiça, Alexandre de Moraes, sobre indicação do Procurador-Geral da República, do Turismo, Henrique Eduardo Alves, sobre legalização dos jogos de azar, e do Desenvolvimento Agrário, Osmar Terra, sobre a redução de beneficiários do Bolsa Família.
"Até que Dilma seja ou não deposta pelo Congresso, a atual administração Temer não passará de uma administração provisória. Dela, o que o país exige de pronto é que comece a pôr em ordem as contas públicas e adote medidas possíveis de começar a reverter a trajetória ascendente do desemprego. E é só. E é muito", diz Noblat.
Leia na íntegra o artigo de Ricardo Noblat.
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