Singer: lua de mel com Temer não durou 15 dias
"Aninhado na cúpula do PMDB, o ex-tucano Sergio Machado tem informações capazes de comprometer todos os homens do presidente. Mais ainda, deve conhecer em detalhes o esquema de financiamento do partido, o qual parecia passar por certo diretor da Petrobras, supostamente indicado pelo atual ocupante do Planalto", diz o jornalista André Singer; ele afirma que o novo capítulo da crise política pode inviabilizar a gestão Temer; "Se, em condições normais de temperatura e pressão, parlamentares resistem votar medidas impopulares, maior será a dificuldade com a polícia no encalço dos proponentes"
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247 – O jornalista André Singer avalia, no artigo Durou pouco, que foi muito breve a lua de mel com o governo interino de Michel Temer. Um dos motivos, diz ele, é o fator Sergio Machado.
"Aninhado na cúpula do PMDB, o ex-tucano Machado tem informações capazes de comprometer todos os homens do presidente. Mais ainda, deve conhecer em detalhes o esquema de financiamento do partido, o qual parecia passar por certo diretor da Petrobras, supostamente indicado pelo atual ocupante do Planalto", diz ele.
"O primeiro é que a Lava Jato, em seus óbvios cálculos políticos, não se voltou apenas contra o PT. Quando for feito o balanço da seletividade utilizada pelos que dirigem o processo — um emaranhado de personagens, do qual agora se destaca o procurador-geral Rodrigo Janot — será mister reconhecer o estrago também realizado na governança peemedebista", aponta Singer.
Para ele, a chance de sucesso das medidas econômicas caiu muito. "As chances de aprovação no Congresso das medidas neoliberais anunciadas por Henrique Meirelles terça-feira (24), às quais se somariam a reforma da Previdência e a flexibilização da CLT, diminuem à sombra das suspeitas lançadas nesta semana. Se, em condições normais de temperatura e pressão, parlamentares resistem votar medidas impopulares, maior será a dificuldade com a polícia no encalço dos proponentes."
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