Janio: gravações de Machado colocam Lava Jato contra a parede
O jornalista Janio de Freitas afirma, em artigo deste domingo (29), que, diferentemente do que alguns comentaristas pretendem fazer parecer, os áudios gravados por Sérgio Machado "querem que a Lava Jato deixe de transitar em mão única e entre nas vias que até agora bloqueou". "A divulgação das gravações de Sérgio Machado e a queda de Romero Jucá, do PMDB, não atestam a indiferença da Lava Jato entre partidos, como pretendem alguns comentaristas. Tudo nas gravações é obra só de Machado, mais da alma do que do corpo. E por elas Jucá se foi, apesar de Michel Temer, e não por ação da Lava Jato", diz
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247 - O jornalista Janio de Freitas afirma, em artigo deste domingo (29), que, diferentemente do que alguns comentaristas pretendem fazer parecer, os áudios gravados por Sérgio Machado "querem que a Lava Jato deixe de transitar em mão única e entre nas vias que até agora bloqueou".
"A divulgação das gravações de Sérgio Machado e a queda de Romero Jucá, do PMDB, não atestam a indiferença da Lava Jato entre partidos, como pretendem alguns comentaristas. Tudo nas gravações é obra só de Machado, mais da alma do que do corpo. E por elas Jucá se foi, apesar de Michel Temer, e não por ação da Lava Jato", diz.
Ele ressalta que, embora "os gravados e o próprio Sérgio Machado estão acusados pela imprensa de 'tentar obstruir' o prosseguimento da Lava Jato, há dois motivos para outra interpretação: primeiro, porque nenhum deles tentou coisa alguma, a não ser nos títulos de jornais; depois, porque suas palavras vão em sentido oposto à obstrução".
E complementa: "Aécio é a bola da vez", "ninguém escapa", "no Congresso só escapam uns cinco", "no PSDB não sobra ninguém", e por aí segue a contabilidade dos que têm conhecimento intestino do Congresso. Mas esse desnudamento põe a Lava Jato contra a parede: em vez de obstrução, indica quanto os seus integrantes deveriam trabalhar ainda. Ou já tê-lo feito".
Janio ainda lembra a "contribuição da Lava Jato, com a ida coercitiva de Lula para o aeroporto, a divulgação dos seus telefonemas com Dilma, e o veto à sua posse ministerial por Gilmar Mendes, criando o clima coincidentemente adequado para a decisão de Eduardo Cunha pró-impeachment".
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