The Wall Street Journal: Brasil em pânico com greve de polícias

Reportagem do jornal americano conta que já morreram mais de cem pessoas no Espírito Santo e descreve o cenário de violência e saques que já ultrapassa cinco dias, ameaçando se espalhar para outras regiões do país e adiando medidas de austeridade do governo

Reportagem do jornal americano conta que já morreram mais de cem pessoas no Espírito Santo e descreve o cenário de violência e saques que já ultrapassa cinco dias, ameaçando se espalhar para outras regiões do país e adiando medidas de austeridade do governo
Reportagem do jornal americano conta que já morreram mais de cem pessoas no Espírito Santo e descreve o cenário de violência e saques que já ultrapassa cinco dias, ameaçando se espalhar para outras regiões do país e adiando medidas de austeridade do governo (Foto: Gisele Federicce)


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Jornal do Brasil - Matéria publicada nesta quinta-feira (9) pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal fala sobre a greve da polícia no Estado do Espírito Santo, no Brasil.

A reportagem descreve o cenário de violência e saques que já ultrapassa cinco dias, ameaçando se espalhar para outras regiões do país e adiando medidas de austeridade do governo.

De acordo com o Journal a polícia registrou 95 mortes violentas no estado do sudeste desde que a polícia parou de patrulhar as ruas na noite de sexta-feira (3), e os comerciantes dizem que cerca de 250 lojas foram devastadas. Vídeos mostram tiroteios e roubos em plena luz do dia em ruas da cidade.

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Ao redor da capital normalmente calma de Vitória, escolas, bancos e algumas clínicas de saúde permaneceram fechados quarta-feira 98). O transporte público na cidade de 360 mil pessoas foi completamente interrompido porque os motoristas de ônibus se recusaram a trabalhar, alegando temores de segurança.

The Wall Street Journal relata que exitem ameaças de que o caos se alastre por outras regiões do país
The Wall Street Journal relata que exitem ameaças de que o caos se alastre por outras regiões do país
O noticiário acrescenta que o caos levou o presidente Michel Temer a soldados das Forças Armadas para o Espírito Santo na segunda-feira (6).

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Wall Street Journal destaca que as preocupações estão crescendo com a possibilidade de outras regiões apresentando descontentamento por parte de seus policiais, acarretando assim movimentos semelhantes em todo o Brasil. Um comunicado oficial no Facebook anunciou que a polícia do Rio de Janeiro seria impedida por seus familiares de deixar suas residências a partir de 10 de fevereiro, mas um porta-voz da polícia disse que era falso.

Grupos de policiais dizem que os cortes no orçamento deixaram os carros de patrulha com pneus carecas e delegacias de polícia sem suprimentos de limpeza ou serviço de internet. A polícia estadual disse que seus salários são os mais baixos no Brasil e em sete anos não foram ajustados de acordo com a inflação.

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Como as greves oficiais da polícia são proibidas sob pela legislação brasileira, os membros da família dos oficiais fizeram protestos fora das estações da polícia para impedir a saída dos carros de patrulha. A polícia, por sua vez, se recusou a remover os manifestantes a força.

"Quando o salário de um policial é o mais baixo do país, são as famílias que sofrem", disse Noe da Matta Ribeiro, vice-presidente da associação policial do Espírito Santo.

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"Nós somos a linha que separa a civilização da barbárie".

"Se não abordarmos isso de frente, estará aqui hoje e em todo o Brasil amanhã", disse o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (8). "Precisamos de muita coesão e firmeza."

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Analistas políticos disseram que o espectro de espalhar o caos poderia rapidamente minar a aceitação pública de reformas econômicas que Temer espera promover no Congresso do Brasil este ano. As medidas, que incluem mudanças extensas no sistema de pensões do Brasil e afrouxamento das leis trabalhistas do país, já são impopulares.

"Esta crise que estamos vendo, caso se propague para outros estados, poderia impor um recuo rápido no ajuste fiscal", disse Carlos Melo, cientista político da escola de negócios Insper da São Paulo.

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