Fala de Temer é sinal da iminente quebra de sigilo das delações

"Não é nas palavras que disse Michel Temer – que não afastará ministros citados nas delações premiadas, mas apenas os que vierem a ser denunciados – que está a novidade de sua inesperada atitude de fazer um 'pronunciamento' a jornalistas no Palácio do Planalto. É que o gesto parece ser uma antecipação – do tipo 'resposta antes da pergunta' – à iminente quebra do sigilo das delações premiadas da Odebrecht", prevê o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço

"Não é nas palavras que disse Michel Temer – que não afastará ministros citados nas delações premiadas, mas apenas os que vierem a ser denunciados – que está a novidade de sua inesperada atitude de fazer um 'pronunciamento' a jornalistas no Palácio do Planalto. É que o gesto parece ser uma antecipação – do tipo 'resposta antes da pergunta' – à iminente quebra do sigilo das delações premiadas da Odebrecht", prevê o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
"Não é nas palavras que disse Michel Temer – que não afastará ministros citados nas delações premiadas, mas apenas os que vierem a ser denunciados – que está a novidade de sua inesperada atitude de fazer um 'pronunciamento' a jornalistas no Palácio do Planalto. É que o gesto parece ser uma antecipação – do tipo 'resposta antes da pergunta' – à iminente quebra do sigilo das delações premiadas da Odebrecht", prevê o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço (Foto: Gisele Federicce)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço

Não é nas palavras que disse Michel Temer – que não afastará ministros citados nas delações premiadas, mas apenas os que  vierem a ser denunciados – que está a novidade de sua inesperada atitude de fazer um “pronunciamento” a jornalistas no Palácio do Planalto.

É que o gesto parece ser uma antecipação – do tipo “resposta antes da pergunta” – à iminente quebra do sigilo das delações premiadas da Odebrecht.

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É provável que se vá puxar a atenção na mídia sobre acusações a Lula ou a Dilma. Afinal, ambos são a razão do acordo de delação, mas o pequeno “desconto” dado a Marcelo Odebrecht em sua pena – o dobro da pena e o triplo de tempo em regime fechado – são sinais de que os que lhe extorquiram a delação não devem ter levado “carne de primeira”.

Já o problema do Governo – além dele mesmo, praticamente todo dentro do embrulho – e de seus aliados do PSDB, presentes em nos mesmos grande número e grau –  é o banzé que isso criará na sua sustentação parlamentar, da cúpula – Eunício “Índio” Oliveira e Rodrigo “Botafogo” Maia, à base, o “baixo clero” do qual depende para aprovar à reformas da previdência e da CLT.

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Se depender de Temer, o novo relator do caso, Luiz Fachin, deixaria para depois, para que a sabatina de Alexandre Moares fosse menos vexatória, embora  vexatório seja o que mais há em todo este processo.

Mas a vergonha só é sentida por quem a tem. E o coeficiente de pudor no atual governo é, com boa vontade, microscópico.

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