A carne é fraca e a mídia é forte

"A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial. Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências. Vaza-se por toda parte e, quando necessário, 'vazam', como na gíria, os personagens inconvenientes", diz o jornalista Fernando Brito; "No destaque, outro escândalo: a Superintendência da PF no Paraná mandando recolher e fazer vídeos que possam  ser 'relevantes' para a mídia. Mais importante, claro, do que serem relevantes para a investigação"

"A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial. Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências. Vaza-se por toda parte e, quando necessário, 'vazam', como na gíria, os personagens inconvenientes", diz o jornalista Fernando Brito; "No destaque, outro escândalo: a Superintendência da PF no Paraná mandando recolher e fazer vídeos que possam  ser 'relevantes' para a mídia. Mais importante, claro, do que serem relevantes para a investigação"
"A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial. Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências. Vaza-se por toda parte e, quando necessário, 'vazam', como na gíria, os personagens inconvenientes", diz o jornalista Fernando Brito; "No destaque, outro escândalo: a Superintendência da PF no Paraná mandando recolher e fazer vídeos que possam  ser 'relevantes' para a mídia. Mais importante, claro, do que serem relevantes para a investigação" (Foto: Aquiles Lins)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial.

Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências.

Vaza-se por toda parte e, quando necessário, “vazam”, como na gíria, os personagens inconvenientes.

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Os peritos da Polícia Federal dizem, no Estadão,  que não houve perícia nos fatos que motivaram um escândalo de repercussão mundial.

Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) divulgou nota afirmando que as conclusões da Operação Carne Fraca referentes aos danos à saúde pública não têm embasamento científico, uma vez que os peritos federais foram acionados pela Polícia Federal (PF) apenas uma vez durante as investigações e que o laudo resultante desse trabalho não comprovou tais danos.

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O que acontece? Nada.

E porque não acontece nada? Porque o Governo “vazou” o chefe da Polícia Federal, o Ministro da Justiça Osmar Serraglio, como você vê na edição de hoje do mesmo Estadão.

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Estão todos acoelhados de medo diante do que já lhes fizeram chegar aos ouvidos sobre sua base de apoio, e não só no Paraná.

No destaque, outro escândalo: a Superintendência da PF no Paraná mandando recolher e fazer vídeos que possam  ser “relevantes” para a mídia. Mais importante, claro, do que serem relevantes para a investigação. A imagem, publicada pelo repórter Marcelo Auler em seu blog, a propósito da também escandalosa detenção do blogueiro Eduardo Guimarães.

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A  mídia se refestela e ainda ganha algum: Lauro Jardim registra que, de sexta a ontem, as TVs abertas tiveram 48 inserções de JBS e BRFoods. E na mídia impressa não é diferente, todo dia anúncios de página inteira.

Da cúpula do Judiciário, que se desmoralizou ao longo dos três anos em que encampou, na cola da mídia, a atuação da “República de Curitiba”, pouco se pode esperar.

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O Gilmar Mendes que hoje vocifera contra os vazamentos é o mesmo que utilizou o “vazamento oficial” de Sérgio Moro da gravação  – que ele sabia ilegal – de diálogos entre Lula e Dilma Rousseff para impedir que o ex-presidente pudesse ser o último e salvador dique contra o golpismo.

Agora, que a água do policialismo se levanta contra seus prediletos, reclama. E seus pares não estão em melhor situação, porque entre latinismos e floreios jurídicos, deixaram um bandido livre a presidir a Câmara até que o golpe se consumasse.

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A reconstrução da democracia em nosso país depende que as instituições republicanas sejam recolocadas num patamar de equilíbrio, porque do caos só vem o caos.

E, com ele, os demônios do autoritarismo.

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Sem enfrentar quem os invoca, a mídia, não se vai esconjurá-los.

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