Tijolaço: Folha não disfarça tristeza com fracasso dos protestos

Jornalista Fernando Brito diz que o jornal de Otávio Frias Filho noticiou com "indisfarçável tristeza", que "Atos a favor da Lava Jato levam menos gente às ruas"; "Dentro, uma grande e competente turma de repórteres tem, no máximo, 60 linhas para explicar que não houve cálculo da quantidade de pessoas presentes, exceto pelos organizadores, que as estimaram em 15 mil. Como o boi sempre engorda com o olho do dono, dê-se por 5 mil e estará de bom tamanho. A matéria registra que no dia 13 de março de 2016, os 'coxinhas' reuniram 500 mil, nas precisas contas do Datafolha", diz Brito

Jornalista Fernando Brito diz que o jornal de Otávio Frias Filho noticiou com "indisfarçável tristeza", que "Atos a favor da Lava Jato levam menos gente às ruas"; "Dentro, uma grande e competente turma de repórteres tem, no máximo, 60 linhas para explicar que não houve cálculo da quantidade de pessoas presentes, exceto pelos organizadores, que as estimaram em 15 mil. Como o boi sempre engorda com o olho do dono, dê-se por 5 mil e estará de bom tamanho. A matéria registra que no dia 13 de março de 2016, os 'coxinhas' reuniram 500 mil, nas precisas contas do Datafolha", diz Brito
Jornalista Fernando Brito diz que o jornal de Otávio Frias Filho noticiou com "indisfarçável tristeza", que "Atos a favor da Lava Jato levam menos gente às ruas"; "Dentro, uma grande e competente turma de repórteres tem, no máximo, 60 linhas para explicar que não houve cálculo da quantidade de pessoas presentes, exceto pelos organizadores, que as estimaram em 15 mil. Como o boi sempre engorda com o olho do dono, dê-se por 5 mil e estará de bom tamanho. A matéria registra que no dia 13 de março de 2016, os 'coxinhas' reuniram 500 mil, nas precisas contas do Datafolha", diz Brito (Foto: Aquiles Lins)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A Folha noticia na primeira página, com indisfarçável tristeza, que “Atos a favor da Lava Jato levam menos gente às ruas”.

Dentro, uma grande e competente turma de repórteres tem, no máximo, 60 linhas para explicar que não houve cálculo da quantidade de pessoas presentes, exceto pelos organizadores, que as estimaram em 15 mil.

Como o boi sempre engorda com o olho do dono, dê-se por 5 mil e estará de bom tamanho.

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A matéria registra que no dia 13 de março de 2016, os “coxinhas” reuniram 500 mil, nas precisas contas do Datafolha.

A edição, piedosa, compara as fotos da Paulista de ontem com a de dezembro, que já não ia bem das pernas.

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Dois anos de curso primário bastam para ver que, de cada 100 daquela grei, apenas um foi brincar de “super-Moro”.

Não é uma variação casual, está cheia de significados a interpretar, embora ninguém o faça nos jornais de hoje.

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Exceto, claro, na própria Folha, que chamou para fazê-la justamente o agora dissidente rotweiller da direita impixista, Reinaldo Azevedo, que as classifica como expressão de uma “igrejinha piromaníaca”.

Não é preciso muito esforço para perceber-se quem são os santos desta seita e que são, por isso, os grandes derrotados na política a que se aventuraram: o Ministério Público e Sérgio Moro, este que há dias foi para internet dizer que contava com o apoio de “talvez a totalidade da população”.

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É inevitável que as águas dos acordos políticos para deter o incêndio da política vão avançar no refluxo da maré coxinha.

O efeito dos que fazem como faz hoje Ricardo Noblat  prega que “Só um expurgo político salvará o país” – não me lembro de algum período democrático marcado por expurgos, coisas muito frequentes em época de Hitler, Mussolini e Stálin – é um tiro pela culatra.

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Em meio ao rodízio de pizzas, pretender um “expurgo seletivo” sobre Lula e o PT levará o país a um clima de confronto generalizado, ao qual estabilidade alguma pode sobreviver.

A igrejinha piromaníaca – na qual se batizou, com gosto, o sr. João Dória, com seu discurso “Marcelo Madureira” – conduzida por “santos” truculentos e bem pagos, deveria ter aprendido com o que ela própria fez na primeira eleição direta pós-ditadura, quando encontrou em Color um possível dique contra a história, ali representada por Lula e Brizola.

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Deteve-os, é verdade, com os métodos globais que se conhece, mas a que custo!

A moralização que se prometia virou o que se assistiu.

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Reinaldo Azevedo, que sabe que o poder importa mais que o discurso, este que se ajeita conforma o freguês, afirma em seu texto: “a demonização da política, conduzida pelo MPF e pelo candidato Rodrigo Janot, acabaria por retirar do PT o papel de protagonista do petrolão. E cravei: a direita xucra ressuscitará as esquerdas “.

Na esteira da Paulista vazia, Brasília vai começar a se mover com mais desenvoltura. E seu processo de “autoanistia” complica o que era sua aparentemente única saída: tirar, pela criminalização promovida pelas igrejinhas pirotécnicas, Lula da disputa eleitoral.

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