Em editorial, Folha diz que Ciro está 'cuidadoso com retórica'
Em editorial, o jornal Folha de S. Paulo comenta a entrevista de Ciro Gomes, feita ontem por um pool de mídias: Folha, UOL e SBT; diz que Ciro é um “político inteligente e carismático” e que “sempre teve a carreira prejudicada por inconstância programática e incontinência verbal, dois defeitos muito pessoais”
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247 – Em editorial, o jornal Folha de S. Paulo comenta a entrevista de Ciro Gomes, feita ontem por um pool de mídias: Folha, UOL e SBT. Diz que Ciro é um “político inteligente e carismático” e que “sempre teve a carreira prejudicada por inconstância programática e incontinência verbal, dois defeitos muito pessoais”.
O editorial destaca que a inconstância programática é emblemática no ex-governador do Ceará: ele está em sua sétima filiação partidária.
Ciro, diz o editorial, já passou por legendas de peso, como o PDS que sustentou a ditadura, o PMDB na redemocratização e o PSDB que elegeu Fernando Henrique Cardoso.
Nos últimos anos, no entanto, Ciro tem preferido siglas médias em que figura como protagonista. O editorial da Folha se diverte mesmo em lembrar as gafes, bravatas e impropérios que custam prestígio e votos ao ex-ministro de Itamar. Segundo a Folha, o pedetista enfrenta mais de 70 processos movidos por adversários ofendidos.
Destaca que na entrevista, Ciro foi surpreendentemente muito contido e educado, diferente de sua reputação folclórica.
"Em sabatina promovida nesta segunda-feira (21) por Folha, UOL e SBT, o presidenciável se mostrou mais cuidadoso com a retórica. Explicou-se logo, por exemplo, ao se referir de modo grosseiro a uma gestante como “prenha”. Entretanto manteve seu estilo hiperbólico, de palavras contundentes e cifras em profusão, citadas com convicção e veemência nem sempre condizentes com seu conhecimento dos temas em pauta.
Com até 9% das preferências pesquisadas pelo Datafolha, mira o voto útil dos eleitores à esquerda. Chama o governo Michel Temer (MDB) de “golpista” e a reforma trabalhista de “selvageria”. Em sua ofensiva, equivocou-se ao dizer que os juros do Banco Central, de 6,5% ao ano (ou 2,2% acima da inflação esperada), são os mais altos do mundo. Repetiu teses e números já desmentidos sobre a despesa com o serviço da dívida pública e o déficit da Previdência."
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