Com resiliência de Lula, alianças se tornam roleta-russa
Matéria da revista Carta Capital pergunta: “qual o tamanho do eleitorado que não se importa em votar em um candidato ‘prisioneiro’ ou apoiado por este?”; a indagação tem a ver com o cenário inédito que o quadro eleitoral de um país conflagrado produziu depois de um impeachment sem crime; com a resistência de Lula, as alianças se tornaram uma roleta-russa que só serão resolvidas após Lula colocar sua outra carta na mesa
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247 – Matéria da revista Carta Capital pergunta: “qual o tamanho do eleitorado que não se importa em votar em um candidato ‘prisioneiro’ ou apoiado por este?”. A indagação tem a ver com o cenário inédito que o quadro eleitoral de um país conflagrado produziu depois de um impeachment sem crime. Com a resistência de Lula, as alianças se tornaram uma roleta-russa que só serão resolvidas após Lula colocar sua outra carta na mesa.
“Lula está preso e sua candidatura parece miragem, mas o PT aposta tudo na capacidade dele de transferir votos para algum presidenciável petista, caso fique fora da eleição. Jair Bolsonaro é de um partido nanico e com direito a poucos segundos de propaganda na TV na campanha, o PSL, mas tem eleitores fiéis e dispostos a trabalhar duro por ele na internet. Nos dois casos, a mesma dúvida. Em um País de posições políticas cada vez mais radicalizadas desde o impeachment de Dima Rousseff, qual o tamanho do eleitorado que não se importa de votar em um candidato prisioneiro ou apoiado por este? E qual o tamanho do eleitorado que irá de Bolsonaro de qualquer jeito, mesmo que o reacionário deputado sofra uma saraivada de ataques?
Essa incerteza tem bagunçado e condicionado toda a negociação dos partidos na montagem de chapas e palanques com vistas a uma eleição que já está logo ali. Um quadro bem diferente da última campanha, quando a essa altura do ano as peças que estariam em cena tanto no campo progressista quando no conservador já estavam praticamente definidas. Graças à crença de que Lula consegue transferir votos, o PT tem conseguido manter a indefinição dentro do PSB e do PCdoB. Se houvesse certeza de que os cálculos petistas estão corretos, as duas siglas já teriam decidido apoiar PT. Se a convicção fosse oposta, teriam entrado na canoa de Ciro Gomes, do PDT, que não faz mistério: quer PSB e PCdoB como aliados preferenciais, para que sua chapa tenha “hegemonia moral e intelectual” progressista.
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