FHC reafirma que PSDB pode apoiar PT no segundo turno

Em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que está assustado com a possibilidade de Jair Bolsonaro chegar o segundo turno das eleições de 2018; o ex-presidente acha que o país entra na campanha eleitoral ainda mergulhado num clima de ódio e de medo; caso a hipótese de Bolsonaro chegar ao segundo turno se confirme, FHC admite a hipótese de um acordo entre PSDB e PT, algo inédito desde 1989, quando os dois partidos se uniram contra Fernando Collor

FHC reafirma que PSDB pode apoiar PT no segundo turno
FHC reafirma que PSDB pode apoiar PT no segundo turno (Foto: REUTERS/Nacho Doce)


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247 - Em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que está assustado com a possibilidade de Jair Bolsonaro chegar o segundo turno das eleições de 2018. O ex-presidente acha que o país entra na campanha eleitoral ainda mergulhado num clima de ódio e de medo. Caso a hipótese de Bolsonaro chegar ao segundo turno se confirme, FHC admite a hipótese de um acordo entre PSDB e PT, algo inédito desde 1989, quando os dois partidos se uniram contra Fernando Collor.

A reportagem do jornal O Globo destaca uma declaração em especial do ex-presidente. Ele diz: "não farei objeção a que o PT nos apoie. Naturalmente, isso significa também que não haveria objeção ao contrário. Mas nós pensamos de forma diferente".

Sobre Geraldo Alckmin, que não decola nas pesquisas intenção de voto, FHC diz: "a mídia presta atenção em tudo o que é novo ou extravagante. Quando surgiu o Bolsonaro, eu disse: 'Vai subir'. Até que o Geraldo ultrapasse a poeira, é difícil. Mas ele sempre ultrapassou. Em abril de 1994, eu virei candidato. Em maio, falei com a Ruth: 'Vou desistir'. Eu tinha 12%, o Lula tinha 40%. As pessoas não acreditavam. Em agosto, comecei a crescer. Em outubro, ganhei no primeiro turno. É claro que tinha o Plano Real. Mas não é só o que você faz. É o que você fala. Tem que cacarejar.

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O apoio do centrão também foi comentado pelo ex-presidente. Ao se indagado se o apoio foi bom ou não, ele diz: "Não tenho certeza. Não é suficiente, mas é necessário. Embora a rede social tenha muita influência, a televisão tem peso. Todos os candidatos tentam ter o máximo de tempo. Quando um consegue, o outro acusa. Ele está apanhando porque fez o que todos ambicionavam e não conseguiram. Todos os presidentes tiveram que governar também com eles (os partidos do centrão): eu, Lula, Dilma."

Com relação a Aécio Neves, FHC é breve e direto: "isso prejudica, obviamente, a imagem do partido. Não dá para tapar o sol com a peneira."

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FHC ainda comenta sobre Laurence Casagrande, preso por suspeita de desviar dinheiro no Rodoanel: "São Paulo faz muita obra. É possível que funcionários tenham ganhado alguma coisa. Mas não vi nada indo para o Alckmin. Nada que possa prejudicar a imagem dele.

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