Economista afirma que próximo presidente deve livrar o Estado do cartel financeiro

O economista Amir Khair prevê dois caminhos para a economia brasileira após as eleições; a profunda divisão da sociedade em dois polos distintos, segundo o economista, deve impor ao novo presidente um cenário de atritos no Congresso e ausência de apoio da maioria da opinião pública, caso os resultados positivos na economia não apareçam rapidamente

Economista afirma que próximo presidente deve livrar o Estado do cartel financeiro
Economista afirma que próximo presidente deve livrar o Estado do cartel financeiro (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)


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Da Rede Brasil Atual - O economista Amir Khair prevê dois cenários distintos após a definição do pleito presidencial em outubro. A profunda divisão da sociedade em dois polos distintos deve impor ao novo presidente um cenário de atritos no Congresso e ausência de apoio da maioria da opinião pública, caso os resultados positivos na economia não apareçam brevemente. “Ou ele obtém sucesso com rapidez ou então será um problema sério para todos nós que teremos de aguentar uma situação que já está difícil e tende a piorar”, defende.

Khair analisa a conjuntura política nacional em entrevista ao Instituto Humanistas Unisinos (IHU). Ele considera que o sucesso político é dependente do sucesso econômico, e que é possível alcançá-los com “medidas muito simples”.

O economista defende a retirada do governo e dos bancos públicos do cartel do sistema financeiro, onde quatro bancos concentram mais de 70% dos ativos totais do setor. E que o setor público promova a redução dos juros para estimular o consumo. “Tanto retirar o governo do cartel, que é o primeiro passo importante para tirar o ‘freio do crédito’, que é a mola mestra do crescimento econômico e do consumo, quanto ter uma gestão econômica competente de receitas e despesas públicas, economizaria uma barbaridade de recursos”, argumenta.

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Segundo ele, essas medidas são mais fáceis de serem implementadas, pois não se trata de reformas estruturantes e independem da aprovação do Congresso. Seriam medidas ligadas à gestão da máquina pública.

Para Khair, o fator de sucesso para o próximo governo pode depender da questão fiscal e do estímulo a um mercado financeiro menos concentrado e controlado por um oligopólio. “A discussão séria, correta e competente passa por esses dois vetores principais: retomar a arrecadação através do crescimento econômico e baixar a conta de juros que hoje corresponde por 82% do deficit público.”

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