Tereza Cruvinel: guerra ideológica continua no Whtsapp

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247 – A jornalista Tereza Cruvinel afirma, no JB, que “A eleição passou mas os grupos de whatsapp do bolsonarismo continuam em franca atividade, alimentando a guerra ideológica e cultural que o presidente eleito também atiça, ao investir contra as universidades e contra o Enem, cujas provas promete fiscalizar, como fez na transmissão de sexta-feira à noite por uma rede social. A ideologia de gênero e sua maior lenda, o kit gay, o antipetismo e o comunismo continuam com a cotação alta nos grupos, indicando que o obscurantismo e a intolerância não foram espasmos da campanha. Vieram para ficar”.

Para Tereza, “A continuidade da guerrilha digital não decorre de fanatismo dos adoradores do mito mas de uma estratégia de marketing que o clã Bolsonaro e seus aliados puseram em prática, conhecida lá fora como firehosing, de matriz russa.  Em tradução aproximada, seria a técnica do uso da mangueira de fogo, o despejo constante de informações, em sua maioria fake news, distorcendo a realidade e forjando percepções coletivas".

“As mensagens dos últimos dias passam ao lago dos fatos polêmicos produzidos pelo presidente eleito e sua equipe. Não comentam decisões mal recebidas, como a de fundir os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, da qual ele recuou, nem a de acabar com o Ministério do Trabalho. Ignoraram a reação do Egito ao anúncio de que a embaixada brasileira em Israel poderia ser transferida para Jerusalém e o empenho em aprovar logo a reforma previdenciária. Já o aumento do Judiciário é atacado como sabotagem do Congresso a Bolsonaro”, revela a jornalista.

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