Maringoni e a psicologia de massas do fascismo

O jornalista e professor Gilberto Maringoni afirma que “Lançado há exatos 85 anos, quando o nazismo chegava ao poder na Alemanha, Psicologia de massas do fascismo segue perturbadoramente atual”; Maringoni diz que, “Um imperador Guilherme foi em tudo isto simples amador, se comparado com um Hitler, filho de um pobre funcionário público. Quando um general proletário enche o peito de medalhas, trata-se do Zé Ninguém que não quer ficar atrás do verdadeiro general”

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247 – “Lançado há exatos 85 anos, quando o nazismo chegava ao poder na Alemanha, Psicologia de massas do fascismo segue perturbadoramente atual”, afirma o jornalista e professor Gilberto Maringoni em texto publicado em seu Facebook. De acordo com ele, “Um imperador Guilherme foi em tudo isto simples amador, se comparado com um Hitler, filho de um pobre funcionário público. Quando um general proletário enche o peito de medalhas, trata-se do Zé Ninguém que não quer ficar atrás do verdadeiro general”

Leia abaixo a íntegra da publicação:

PSICOLOGIA DE MASSAS DO FASCISMO

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Lançado há exatos 85 anos, quando o nazismo chegava ao poder na Alemanha, "Psicologia de massas do fascismo" segue perturbadoramente atual. Willelm Reich (1897-1957) examina o papel do fascismo na afirmação do indivíduo oprimido, suas relações com a sexualidade e a fiel identificação com o líder.

O livro pode ser encontrado na íntegra com um clique no Google. Abaixo, um trecho particularmente afiado:

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"A mentalidade fascista é a mentalidade do "Zé Ninguém", que é subjugado, sedento de autoridade e, ao mesmo tempo, revoltado. Não é por acaso que todos os ditadores fascistas são oriundos do ambiente reacionário do "Zé Ninguém". 

O magnata industrial e o militarista feudal não fazem mais do que aproveitar-se deste fato social para os seus próprios fins, depois de ele se ter desenvolvido no domínio da repressão generalizada dos impulsos vitais.

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Sob a forma de fascismo, a civilização autoritária e mecanicista colhe no "Zé Ninguém" reprimido nada mais do que aquilo que ele semeou nas massas de seres humanos subjugados, por meio do misticismo, militarismo e automatismo durante séculos.

O "Zé Ninguém" observou bem demais o comportamento do grande homem, e o reproduz de modo distorcido e grotesco. 

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O fascista é o segundo sargento do exército gigantesco da nossa civilização industrial gravemente doente. 

Não é impunemente que o circo da alta política se apresenta perante o "Zé Ninguém"; pois o pequeno sargento excedeu em tudo o general imperialista: na música marcial, no passo de ganso, no comandar e no obedecer, no medo das ideias, na diplomacia, na estratégia e na tática, nos uniformes e nas paradas, nos enfeites e nas condecorações.

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Um imperador Guilherme foi em tudo isto simples "amador", se comparado com um Hitler, filho de um pobre funcionário público. Quando um general "proletário" enche o peito de medalhas, trata-se do "Zé Ninguém" que não quer "ficar atrás" do "verdadeiro" general". (Pág 13)

 

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