Nassif: Xadrez da geopolítica, do caso Huawei e da Lava Jato
O jornalista Luís Nassif faz uma aguda análise geopolítica, a partir da prisão no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, da executiva chinesa da Huawei, Meng Wanzhou, filha do fundador da gigante de tecnologia do país asiático, mostrando os elos com fatos da situação no Brasil
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Por Luís Nassif, no GGN - O jornalista Luís Nassif faz uma aguda análise geopolítica, a partir da prisão da executiva chinesa da Huawei, Meng Wanzhou, filha do fundador da gigante de tecnologia do país asiático, mostrando os elos com a situação no Brasil.
A prisão de Meng Wanzhou, filha do fundador da gigante de tecnologia Huawei, escancarou até para os idiotas da objetividade o contexto das novas disputas geopolíticas globais, tendo como pano de fundo a legislação anticorrupção e o combate ao terrorismo.
Todas as evidências sobre a interferência externa na Lava Jato eram tratadas por esses sábios da objetividade como teoria conspiratória, "coisas da CIA", como se a CIA fosse apenas uma ficção de Will Eisner.
O modelo político brasileiro estava infectado mesmo. O financiamento de partidos passava pela Petrobras, mas também pelo Congresso, sendo utilizados pelas empreiteiras, pelo agronegócio, por bancos de investimento.
Mas o tiro certeiro foi em cima da engenharia nacional, o setor que havia acumulado o maior coeficiente de competitividade internacional e tinha papel relevante do pré-sal – os únicos setores com interesse direto de grupos americanos. E não se abriu nenhuma possibilidade de estratégias que, punindo os corruptores, preservassem as empresas. O Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Moro conseguiram o feito extraordinário de, numa só tacada, destruir a engenharia brasileira. E coroar sua grande obra viabilizando a eleição do mais despreparado agrupamento político da história.
Antes de entrar no caso Huawei, um apanhado de análises publicadas no GGN sobre a cooperação internacional e o jogo geopolítico internacional.
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