Veja SP propõe privatizar contas do município, modelo inédito no mundo

Reportagem da 'Vejinha' sugere que o serviço deveria ser comandado por uma empresa norte-americana, como a consultoria Pricewaterhouse, e para sustentar sua tese, argumenta que o Tribunal de Constas do Município fez gastos "extravagantes" (sem detalhes ou checagem da informação) e é responsável por obras paralisadas na cidade - sem considerar que, se estão paradas, é porque pode haver irregularidades em seus processos

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247 - A Veja São Paulo desta semana publica uma reportagem, intitulada "Casa de Ferreiro", que propõe uma experiência inédita no mundo para ser aplicada na maior cidade da América Latina: que as contas do município fossem comandadas por uma auditoria privada.

Vale lembrar que, em todas as grandes capitais do planeta, os órgãos de controle são públicos e ligados aos parlamentos em parceria com o Executivo. Alguns exemplos são Berlim, Paris, Madri, Lisboa, Nova Iorque e Pequim. São Paulo, com um orçamento anual de R$ 60 bilhões, seria portanto um laboratório de algo que não existe no mundo, de acordo com a tese da Vejinha.

Para sustentar a argumentação, a matéria sugere gastos "extravagantes" do TCM, como o fato de o órgão ter encomendado por R$ 7.000 artigos de cama mais adequados a uma pousada, uma informação não checada pelo repórter.

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Segundo a assessoria de comunicação do TCM, na realidade, os tais lençóis e toalhas eram rolos de papel, um para uso da maca e outro para secar a mão na pia do ambulatório médico do TCM. O valor total é de R$ 1.413,00 para o período de 2018/19. De acordo com os números do órgão, manipularam também o preço do contrato de seis pontos da TV a Cabo, mais do que dobrando o valor mensal efetivamente contratado.

Com o intuito de desqualificar as auditorias, a reportagem usa uma versão de um ex-secretário, em declaração feita 'em off' - ou seja, sem ser identificado - dizendo que os auditores não sabem nada. O TCMSP esclarece, no entanto, que seu corpo técnico é reconhecido, até mesmo por críticos do Tribunal, como um dos mais qualificados e competentes do país.

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A reportagem acusa ainda o TCMSP de ser responsável por obras paradas na cidade - sem considerar que, se estão paradas, é porque possivelmente foram detectados diversos problemas nos editais. E para apresentar um suposto benefício com a privatização das contas públicas, compara auditorias privadas feitas nos setores de cerveja e telefonia, algo completamente diferente, além de se tratar da realidade do setor privado.

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