Diretamente de Berlim, nasce um novo 247
Na capital dos grandes embates políticos e ideológicos da era moderna, e onde também foi derrubado o muro da intolerância, o 247 foi redesenhado. Está mais leve, elegante e adaptável a todos os tablets e smartphones (como nas imagens à direita e à esquerda), mantendo o mesmo compromisso de levar informação inteligente e ágil aos leitores
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Leonardo Attuch _247, de Berlim – "Todo muro representa um desafio", diz a mensagem estampada num pedaço do que restou do muro de Berlim, erguido em 1961, no auge da Guerra Fria, e derrubado em 1989. Para alguns, o desafio é erguer o muro, separar e dividir. É exatamente isso o que hoje propõem os meios de comunicação tradicionais com os seus "paywalls" – os muros de cobrança como o da Folha de S. Paulo e do jornal Zero Hora e que logo se espalharão por outros jornais. Para outros atores, o desafio é saltá-lo, unir e aproximar as pessoas.
Na história do Muro de Berlim, alguns tiveram sucesso na empreitada, outros não. Ainda assim, com seu próprio sacrifício, ajudaram a criar fissuras em algo tão contrário à lógica e à razão, anos antes das marretadas finais.
No mundo da comunicação, os barões da mídia tradicional querem cobrar pela informação, no momento em que a era da conectividade e das redes sociais clama por compartilhamento. Nós, do 247, desde o início, apostamos num modelo de jornalismo livre, aberto, plural, gratuito e compartilhável. Nosso desafio é saltar o muro – e, quem sabe, contribuir para derrubá-lo.
Terá sido o acaso que nos trouxe a Berlim? Antes de tudo, é preciso dizer como viemos parar aqui. Nascemos como o primeiro jornal brasileiro para o iPad, mas também com um site desenvolvido com um software aberto – open source – produzido por uma empresa europeia chamada Sourcefabric. Uma organização sem fins lucrativos que nasceu para apoiar projetos voltados à democratização dos meios de comunicação – seja no rádio, na mídia impressa e mesmo na televisão. Seus programadores estão espalhados por cidades como Praga, Belgrado, Minsk, Toronto e Berlim. E foi na capital alemã, onde está um dos escritórios centrais da Sourcefabric, que decidimos redesenhar o Brasil 247, para torná-lo mais elegante, mas sem perder a agilidade e a força das nossas manchetes.
Uma das grandes vantagens do novo site é o design adaptativo. De forma praticamente automática, o site se adapta a todos os tamanhos de tela – não apenas dos desktops, mas também dos tablets e smartphones (por favor, experimentem abrindo a página brasil247.com em qualquer navegador e salvem nos seus favoritos). E isso torna a atualização das notícias muito mais ágil em todas as plataformas.
Quem já visitou a Alemanha ou estudou artes, sabe do apreço dos alemães pela estética e pelo equilíbrio, expresso na arquitetura de Berlim. A capital alemã foi também um dos centros nervosos de todos os grandes embates ideológicos da era moderna.
No Brasil de hoje, a guerra política está estampada todos os dias nas páginas do 247. Esperamos que, a partir de agora, de forma mais elegante e atraente para os leitores. Nem todas as mudanças foram implementadas porque, em se tratando de tecnologia, o esforço nunca termina. Trata-se sempre de "work-in-progress". Em breve, estaremos falando aqui de mais novidades. Já somos quase 100 mil amigos no Facebook e uma comunidade que cresce a cada dia, gerando mais de 50 milhões de páginas visitadas por mês. Esperamos, sinceramente, que apreciem o nosso esforço.
(Uma lembrança pessoal: em 1989, com 18 anos, estive em Berlim, algumas semanas antes da queda do muro. Estive dos dois lados da cidade e nada de anormal parecia estar prestes a acontecer. De repente, o muro desmoronou. Desconfio também que, graças à internet, algo assim também esteja prestes a ocorrer com os jornais tradicionais)
PS: nem todos os comentários estarão sendo exibidos nesta nova fase. Nos últimos três dias, tivemos de publicar alguns artigos que geraram um intenso debate nos dois sistemas -- e eles foram lidos no antigo. Ainda assim, estamos tentando recuperá-los para publicar no corpo das matérias. Gratos pela compreensão.
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