Onde estão as fitas, Noblat?

Colunista insiste na tese de que a "entrevista" de Marcos Valério a Veja foi gravada e diz que, se ela vier a público, Lula pode virar réu. Sorry, Noblat, mas essa versão não cola. Faz parte apenas de uma tentativa frustrada de golpe paraguaio

Onde estão as fitas, Noblat?
Onde estão as fitas, Noblat? (Foto: Edição/247)


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247 - Ricardo Noblat insiste: Marcos Valério falou a Veja, sem saber que estava sendo gravado. Quando descobriu, pediu à revista que publicasse suas declarações de forma indireta. E Veja, obediente, acatou o pedido de um personagem à beira da cadeia, sem qualquer poder político ou econômico. Sorry, Noblat, mas essa versão não cola. Trata-se apenas de uma tentativa de constranger e intimidar o ex-presidente Lula, evitando sua eventual volta ao poder em 2014 ou 2018. Golpe paraguaio.

Leia, abaixo, o comentário de Noblat:

Orientação aos companheiros, por Ricardo Noblat

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Em sua edição mais recente, a VEJA afirma que está tão segura de que Marcos Valério disse o que ela publicou na semana passada como estava ao publicar em 1992 a entrevista de Pedro Collor responsável pelo início da queda do irmão dele, o então presidente Fernando Collor.

Para quem não lembra ou não sabe: a entrevista de Pedro foi gravada e filmada, e é a isso que a VEJA agora se refere indiretamente. Portanto, a de Valério também teria sido.

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Não, não foi. A de Valério foi só gravada.

Valério soube que sua conversa com a VEJA fora gravada quando quis romper o trato feito com a revista: ela publicaria as declarações dele, mas as atribuiria a pessoas que as teriam ouvido diretamente de Valério.

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Assim, a entrevista deixaria de ser uma entrevista, o que livraria Valério da responsabilidade de responder por ela diante da Justiça. Mas Valério não perderia a ocasião de mandar recados para quem quisesse e de fazer ameaças.

Agora, a orientação aos companheiros: cobrem da VEJA a gravação da conversa com Valério. Ela não poderá mostrá-la depois de ter negado que entrevistou Valério.

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O companheiro Lula não pode cobrar. É mais conveniente para ele fingir que acredita que não houve entrevista - e, portanto, que a Veja não dispõe de gravação com Valério.

Continuem desacreditando a revista, chamando-a de mentirosa. Lula também não poderá fazê-lo. Nem mesmo o PT que tantas vezes já o fez. Imaginem só se, irritada, a revista acabasse divulgando a gravação.

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Só não esqueçam que o momento é delicado.

Se a gravação vier a público, algum juiz de primeira instância poderia abrir um inquérito para apurar as acusações de Valério. Isso não seria bom para Lula.

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Batam na VEJA por hábito e para não parecermos frouxos. Mas sem a virulência dos temerários e nem o descompromisso dos suicidas.

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