Governo prevê programa de proteção a jornalistas
Está na pauta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência do próximo ano; Brasil entrou na lista de países com mais assassinatos de jornalistas em 2012; “O Estado deve assegurar a proteção de comunicadores pela natureza da sua função, com a defesa da liberdade de expressão", defendeu a ministra Maria do Rosário
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247 – Devido à inclusão do Brasil na lista dos cinco países com maior número de assassinatos a jornalistas em 2012 (foram cinco neste ano), está na pauta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) a implantação de um programa de proteção aos profissionais da Imprensa. A ministra Maria do Rosário espera que o Grupo de Trabalho criado em outubro com o objetivo de discutir soluções para ao menos diminuir os casos de morte de repórteres dê resultados satisfatórios no primeiro semestre de 2013.
"O Estado deve assegurar a proteção de comunicadores pela natureza da sua função, com a defesa da liberdade de expressão. Por isso, há a necessidade de um programa diferenciado", disse a ministra Maria do Rosário, em Brasília.
A organização mundial Repórteres Sem Fronteiras divulgou um relatório, na última quarta-feira 19, das cinco nações onde com mais assassinatos de jornalistas em 2012. Em primeiro lugar, está a Somália (18 mortes), em segundo, Síria (17), seguida do Paquistão (nove) e México (seis). No caso do Brasil, "o narcotráfico na fronteira com o Paraguai aparece claramente como a causa dos cinco assassinatos", segundo o relatório.
Ainda com base no levantamento, 88 profissionais da Imprensa foram mortos em 2012 em todo o planeta, 33% a mais do que em 2011, e quase 2 mil sofreram agressões ou foram ameaçados. O caso mais recente foi o do jornalista Mauri König, do jornal paranaense "Gazeta do Povo", ameaçado de morte após publicar uma série de reportagens sobre corrupção na Polícia Civil no estado.
Diante deste cenário, uma equipe tem a missão de analisar o perfil de cada repórter ameaçado para designar o tipo de proteção que o profissional deve receber. De acordo com Maria do Rosário, enquanto não se ações específicas visando à proteção dos jornalistas, o governo investiga a origem das ameaças.
O GT, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, conta com entidades representativas dos jornalistas e diversos órgãos do governo.
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