Farinhaço na Assembleia ilumina helicóptero do pó

Público toma escadarias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para protestar contra caso do helicóptero do pó; aparelho do deputado estadual Perrellinha (Solidariedade) foi apreendido com 450 quilos da droga; combustível e piloto eram pagos com verbas da casa; Jornal Nacional, de William Bonner, que na quarta foi discreto sobre o fato, na edição desta quinta-feira (28), se rendeu ao assunto

Público toma escadarias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para protestar contra caso do helicóptero do pó; aparelho do deputado estadual Perrellinha (Solidariedade) foi apreendido com 450 quilos da droga; combustível e piloto eram pagos com verbas da casa; Jornal Nacional, de William Bonner, que na quarta foi discreto sobre o fato, na edição desta quinta-feira (28), se rendeu ao assunto
Público toma escadarias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para protestar contra caso do helicóptero do pó; aparelho do deputado estadual Perrellinha (Solidariedade) foi apreendido com 450 quilos da droga; combustível e piloto eram pagos com verbas da casa; Jornal Nacional, de William Bonner, que na quarta foi discreto sobre o fato, na edição desta quinta-feira (28), se rendeu ao assunto (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Não adiantou a Rede Globo esconder o quanto possível escândalo do helicóptero do pó, que abala a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Desde a apreensão, quando transportava 450 quilos de cocaína, do aparelho pertencente à empresa agropecuária do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), sua irmã Carolina Perrella e seu primo André Almeida Costa, o Jornal Nacional – tido como principal informativo da emissora da família Marinho – foi discreto sobre o caso. Outro carro-chefe da mídia tradicional, o jornal Folha de S. Paulo, igualmente tem procurado dar a notícia com a máxima discrição. Por que?

Mesmo sem saber a resposta exata, centenas de cidadãos de Minas Gerais resolveram criar um fato novo para despertar a mídia dessa letargia. Na tarde desta quinta, manifestantes tomaram as escadarias da Assembleia Legislativa de Minas com dezenas de sacos de farinha branca – numa clara alusão à cocaína. Carreiras, como se diz na gíria dos usuários, foram esticadas ao longo dos degraus. E jovens simularam, com notas de dinheiro, estarem cheirando o que seria a droga. 

Com bom humor, o protesto procurou chamar a atenção para um caso escandaloso, no qual descobriu-se que até o combustível do helicóptero do pó, além do salário do piloto preso, eram pagos com dinheiro público (aqui). Hoje, a Mesa da Assembleia anunciou que proibiu o uso de verbas indenizatórias para o pagamento de combustíveis para os veículos de deputados.

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A medida chegou tardiamente, sem impacto para evitar o protesto humilhante para a Casa e, especialmente, para o parlamentar dono da aeronave que serviu ao tráfico de drogas mais pesado. Não há notícia até agora, porém, de que o deputado Perrellinha pense em renunciar – e nem que seu pai, o senador e ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, faça algum pronunciamento sobre o caso.

Resta saber se, à noite, o Jornal Nacional, de William Bonner, finalmente vai dar essa notícia – e se, amanhã, as fotos do protesto estarão na capa do jornal Folha de S. Paulo. Em qualquer lugar do mundo, a apreensão de 450 quilos de cocaína no helicóptero pertencente a um deputado filho de um senador seria uma notícia de grande destaque. Já no Brasil da velha mídia...

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