Pimentel: Marco Civil pode inspirar outros países

Pré-candidato ao governo de Minas, ex-ministro Fernando Pimentel (PT) diz que o Marco Civil da Internet vai garantir a "pluralidade da rede no Brasil" e "contribuirá para o desenvolvimento humano e cultural dos brasileiros"; ele acredita que, "ao garantir a neutralidade e a inviolabilidade do sigilo e de dados pessoais trocados na rede brasileira, estamos sinalizando um caminho de governança que pode ser seguido por outros países"

Pimentel: Marco Civil pode inspirar outros países
Pimentel: Marco Civil pode inspirar outros países (Foto: Sérgio Lima)


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Pautando Minas – O projeto do Marco Civil da Internet brasileira, sancionado nesta quarta-feira (23) pela presidente Dilma Rousseff, vai garantir a "pluralidade da rede no Brasil" e "contribuirá para o desenvolvimento humano e cultural dos brasileiros", afirmou o ex-ministro Fernando Pimentel, pré-candidato do PT ao governo de Minas.

Pimentel acompanhou de perto o imbróglio envolvendo as ações de espionagem norte-americanas sobre a presidente e empresas brasileiras, que deram impulso ao projeto. Ele vê no Marco Civil da internet brasileira uma base para discutir a governança da rede no mundo.

"Assistimos a uma onda de notícias e denúncias sobre a quebra da privacidade na rede não apenas da nossa presidente, mas de vários outros líderes mundiais. Ao garantir a neutralidade e a inviolabilidade do sigilo e de dados pessoais trocados na rede brasileira, estamos sinalizando um caminho de governança que pode ser seguido por outros países", argumentou.

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Esses eram, segundo especialistas, os pontos mais importantes do PLC 21/2014, o projeto do Marco Civil. Fica garantido aos usuários o direito de acessar qualquer conteúdo – vídeos, redes sociais, e-mails – sem cobrança diferenciada, tratando com igualdade todos os conteúdos que trafegam na internet.

O texto determina que as empresas desenvolvam mecanismos para garantir, por exemplo, que os e-mails só serão lidos pelos emissores e pelos destinatários da mensagem, nos moldes do que já é previsto para as tradicionais cartas de papel.

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Com isso, a cooperação das empresas de internet com órgãos de informação estrangeiros passa a ser ilegal e passível de punição. O objetivo é evitar casos de espionagem como o escândalo que envolveu a NSA, agência norte-americana de informações.

Pimentel destacou outro ponto essencial envolvendo o Marco Civil, especialmente quando se fala de internet. "Nós, governo e Congresso, ouvimos a população. A ideia central nasceu do desejo de mais de 350 mil pessoas, que validaram abaixo-assinado reivindicando uma internet livre e segura", apontou. "Tivemos ontem um dia histórico", completou.

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Polêmica no plenário

Contrário à apreciação do Marco Civil, o senador e pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, lutava pelo adiamento da votação alegando que o Senado poderia aprimorar o projeto. O senador acusou o plenário da Casa de se curvar diante da vontade do Palácio do Planalto.

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Em resposta, o senado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o PSDB entraria para história por votar contra o projeto. "O senador tem dito na televisão que quer conversar. Se estivesse escutando os brasileiros saberia que nenhum outro projeto mobilizou tanto a juventude de nosso país", argumentou.

Conforme destacou o petista, "aprimorar o projeto significa voltar para a Câmara dos Deputados e nós sabemos os interesses que se moveram contra esse projeto". "Vocês estão dando um tiro no pé", alertou.

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Encaminhado pela Presidência da República em 2011, o Marco Civil foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de março deste ano, depois de estar em pauta por dois anos. No Senado, o texto já chegou com pedido de urgência constitucional, ou seja, com prazo de 45 dias para análise.

A proposta começou a ser discutida em 2009 e foi elaborada pelo governo tendo como base o documento "Princípios para a governança e o uso da internet", do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O texto agora segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff.

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