Aécio propõe “pacto” para “oposição revigorada”

Em reunião da Executiva Nacional do PSDB, senador se consolida como líder de uma oposição mais dura no segundo mandato da presidente Dilma; "Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade", discursou; ele prometeu ainda fazer oposição com a "mesma determinação" que se preparou para ser presidente durante a campanha e disse que "a oposição brasileira hoje não precisa de um líder", pois "tem na alma de milhões de brasileiros a indignação"; mais tarde, em seu primeiro discurso no Senado, ele voltou a criticar proposta de diálogo de Dilma: "Os que foram intolerantes durante 12 anos falam agora em diálogo"

Em reunião da Executiva Nacional do PSDB, senador se consolida como líder de uma oposição mais dura no segundo mandato da presidente Dilma; "Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade", discursou; ele prometeu ainda fazer oposição com a "mesma determinação" que se preparou para ser presidente durante a campanha e disse que "a oposição brasileira hoje não precisa de um líder", pois "tem na alma de milhões de brasileiros a indignação"; mais tarde, em seu primeiro discurso no Senado, ele voltou a criticar proposta de diálogo de Dilma: "Os que foram intolerantes durante 12 anos falam agora em diálogo"
Em reunião da Executiva Nacional do PSDB, senador se consolida como líder de uma oposição mais dura no segundo mandato da presidente Dilma; "Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade", discursou; ele prometeu ainda fazer oposição com a "mesma determinação" que se preparou para ser presidente durante a campanha e disse que "a oposição brasileira hoje não precisa de um líder", pois "tem na alma de milhões de brasileiros a indignação"; mais tarde, em seu primeiro discurso no Senado, ele voltou a criticar proposta de diálogo de Dilma: "Os que foram intolerantes durante 12 anos falam agora em diálogo" (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Um dia depois de ter sido recebido por militantes com gritos de "presidente" e "fora PT" ao chegar no Senado, o candidato à presidência derrotado no segundo turno, Aécio Neves, convocou hoje os partidos da oposição a formarem um "pacto", a fim de trabalharem em uma "oposição revigorada e vitoriosa" contra o segundo governo da presidente Dilma Rousseff.

"Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade", discursou Aécio na abertura da reunião da Executiva Nacional do PSDB. "Tão importante quanto governar é fazer oposição", acrescentou.

Apesar de assumir o papel de líder contra o governo Dilma, declarou que a liderança não é necessária, pois a oposição é formada também por milhões de brasileiros. "Com a mesma determinação que me preparei para encarar a candidatura, eu me preparei para fazer oposição. A oposição brasileira hoje não precisa de um líder, ela tem na alma de milhões de brasileiros a indignação".

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O senador tucano voltou a criticar duramente a campanha do PT, segundo ele cheia de "infâmia" e "mentira". "As eleições deste ano tiveram marcas muito claras, distintas, uma delas protagonizada por nossos adversários. A campanha da infâmia, da mentira, da utilização sem limites da máquina pública como objeto de poder".

"Pelo menos cumpriram a palavra, disseram que iam fazer o diabo nas eleições, o diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas durante essas eleições", acrescentou, em referência a frase dita por Dilma no ano passado, de que iria fazer "o diabo na eleição".

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Abaixo, reportagens da Agência Brasil e da Agência Senado, sobre o evento e o discurso em plenário:

Oposição apoia Aécio como líder e critica manifestações antidemocráticas

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Carolina Gonçalves - Com a presença de representantes da oposição na Câmara e no Senado e de algumas legendas que já integraram a base aliada do governo, como PPS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu hoje (5) apoio para liderar o movimento oposicionista no Congresso. As manifestações ocorreram durante a primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB após as eleições deste ano, que resultaram na derrota tucana por um resultado considerado apertado (51,54% dos votos válidos para Dilma, contra 48,36% para Aécio).

"Estamos selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa, pois passamos a eleição falando a verdade sobre uma nova construção política ética", disse Aécio na abertura do evento. Lembrando nomes como os da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do Pastor Everaldo (PSC), que participou da disputa presidencial no primeiro turno, o senador salientou que, em momentos da campanha, sua candidatura transformou-se em "grande movimento em favor do Brasil".

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Aécio Neves prometeu fazer a mais vigorosa oposição da história do país. "Sou um democrata. Lutei com as armas da verdade, combatendo como aprendi na política, onde as ideias devem brigar e não as pessoas. Tenho a mesma determinação e coragem para participar da nova oposição, reunida hoje pela primeira vez. Oposição não se faz com um ou alguns cidadãos. Também não precisa de um líder. Ela tem, viva na alma de milhões de brasileiros, a essência da indignação. Tem, ainda, a esperança enraizada naquilo que podemos mudar", afirmou.

A reunião ocorreu no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Com mandato até janeiro de 2019, a senadora Ana Amélia lembrou que Aécio Neves havia pedido para que os oposicionistas não se dissipassem após os resultados das urnas. Segundo ela, o maior compromisso da oposição é se manter unida nos próximos anos. "Às vezes, gratidão em política é sentimento raro, mas marcou a personalidade deste jovem senador", salientou.

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Outros parlamentares reforçaram as críticas ao tom da campanha contra o PSDB. "Lamentavelmente, constatamos que a mentira tem perna curta. Não olharemos para trás e desejaremos que o país cresça. Entretanto, com trabalho e apoio dos 51 milhões de brasileiros [que votaram em Aécio], é possível construir um Brasil ainda melhor. Estaremos juntos para fortalecer a democracia", ressaltou Pastor Everaldo, criticando as manifestações dos últimos dias em algumas capitais do país. "Acreditamos na democracia. Nada que passe disso. Nada de golpes. Graças a Deus, não vivemos em Cuba ou na Venezuela", completou.

Presidente nacional do PPS, o ex-deputado Roberto Freire observou que a aliança da oposição mostra que as legendas "estão dando voz a uma indignação que as ruas começam a expressar. Indignação democrática", assinalou. Freire explicou a importância de um movimento democrático e ético no Parlamento. "Não vamos nos render a uma indignação que perca a luta democrática. Derrotar o governo petista faz parte da luta democrática", acrescentou, afirmando que não apoiará qualquer "desvio".

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A aliança oposicionista, que começará a produzir efeitos a partir de 2015, também foi exaltada pelo deputado Paulinho da Força e pelo ex-senador Arthur Virgílio (PSDB). Segundo eles, o desempenho de Aécio Neves na campanha deve ser considerado pelos parceiros como "aglutinador de partidos díspares".

Ontem (4) à tarde, no retorno ao Senado, Aécio prometeu uma oposição dura. Acentuou que as cobranças virão do Congresso e das ruas, entre elas eficiência na gestão pública, transparência nos gastos e apuração de todas as denúncias de corrupção. O senador repudiou as manifestações que defendem a volta dos militares ao poder, concluindo que não há fato especifico para pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

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Na Câmara, o PSDB tem a terceira maior bancada, com 54 deputados federais. Desses, 28 são parlamentares reeleitos. No Senado, o partido terá, em 2015, menos dois integrantes da atual bancada de 12 senadores.

Aécio condiciona diálogo à apuração de esquema de corrupção na Petrobras

Ao analisar a relação entre governo e oposição, após as eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que qualquer diálogo deve estar condicionado à investigação das pessoas envolvidas no "maior escândalo de corrupção" do país, que atingiu a Petrobras. Ele cobrou ainda um compromisso com a liberdade, especialmente a liberdade de imprensa; a transparência; e a autonomia e o fortalecimento dos poderes.

Aécio iniciou pouco antes das 16h o primeiro pronunciamento no Plenário do Senado depois das eleições presidenciais. Ele concluiu a cerca de meia hora de discurso conclamando a sociedade a seguir em frente "por um Brasil melhor" e na sequência abriu a palavra para ouvir os colegas.

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