Gestão tucana escondeu crise no abastecimento de água em Minas

Mesmo sabendo que o Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em queda contínua desde o início de 2014 e operava abaixo de 50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou qualquer medida de contingenciamento ou emergência para evitar que a situação se tornasse crítica; em reportagem publicada no início de agosto, em plena campanha eleitoral, pelo jornal Estado de Minas, o então presidente da companhia, Ricardo Simões, tranquilizava a população e dizia que os níveis dos reservatórios estavam dentro da normalidade

Mesmo sabendo que o Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em queda contínua desde o início de 2014 e operava abaixo de 50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou qualquer medida de contingenciamento ou emergência para evitar que a situação se tornasse crítica; em reportagem publicada no início de agosto, em plena campanha eleitoral, pelo jornal Estado de Minas, o então presidente da companhia, Ricardo Simões, tranquilizava a população e dizia que os níveis dos reservatórios estavam dentro da normalidade
Mesmo sabendo que o Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em queda contínua desde o início de 2014 e operava abaixo de 50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou qualquer medida de contingenciamento ou emergência para evitar que a situação se tornasse crítica; em reportagem publicada no início de agosto, em plena campanha eleitoral, pelo jornal Estado de Minas, o então presidente da companhia, Ricardo Simões, tranquilizava a população e dizia que os níveis dos reservatórios estavam dentro da normalidade (Foto: Romulo Faro)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Minas 247 - Segundo fontes da Copasa, mesmo sabendo que o Sistema Paraopeba, que abastece de água a Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em queda contínua desde o início do ano e operava abaixo de 50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou qualquer medida de contingenciamento ou emergência para evitar que a situação se tornasse crítica.

Em reportagem publicada no início de agosto, em plena campanha eleitoral, pelo jornal Estado de Minas, o então presidente da companhia, Ricardo Simões, tranquilizava a população e dizia que os níveis dos reservatórios estavam dentro da normalidade.

Segundo o jornal, ele afirmou na ocasião que não haveria problema de racionamento na região "mesmo com estiagem severa" a partir de outubro. Em 21 de outubro, Simões voltou a negar a possibilidade, em entrevista coletiva. "Não temos risco de desabastecimento. Estamos com abastecimento da região metropolitana sob controle total, o abastecimento se dando de forma normal", defendeu.

continua após o anúncio

Ainda no ano passado, técnicos da empresa já davam como real o risco de "colapso do sistema" a partir de julho deste ano se nenhuma medida fosse tomada e o regime de chuvas permanecesse o mesmo. A situação já seria crítica pelo menos desde agosto de 2014.

Quando Simões deu a primeira declaração, em agosto, o nível do Sistema Paraopeba estava em 50,51%. Na segunda declaração, já havia baixado para 39,7%. Em dezembro, o nível já havia caído para menos de 33,46%.

continua após o anúncio

Embora negasse a dimensão da crise e o risco de desabastecimento, a gestão anterior, segundo técnicos da empresa, já operava com as chamadas "manobras de rede", o famoso rodízio, em que se alternam os dias de fornecimento de água para as cidades e bairros a fim de garantir o abastecimento.

As "manobras de rede", no entanto, não seriam publicamente admitidas. A dúvida já havia sido levantada em reportagem do jornal O Tempo, publicada em outubro, em que leitores reclamavam da falta de água: "Para minha surpresa, [ao ligar para a Copasa] a atendente disse que os reservatórios estavam vazios e, por isso, a empresa optou por fazer um rodízio na distribuição entre várias regiões".

continua após o anúncio

Ao comentar o assunto, em entrevista coletiva concedida em outubro, o antigo presidente da empresa atribuiu a questão a "situações pontuais" na rede. "Nós temos ai quilômetros de rede, que trabalham pressurizadas 24 horas por dia, portanto, estão sujeitos a rompimento", disse.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247