Em MG, tráfico está ligado a quase 70% das mortes
A venda de entorpecentes responde por cerca de 60% a 70% dos homicídios registradas em Minas; a estimativa é do superintendente da Polícia Civil do Estado, Jefferson Botelho; "Estancando esse mal, vamos atingir os outros delitos", disse; Urberlância, no Triângulo mineiro, e Montes Claros, no Norte do estado, reduziram os índices combatendo o tráfico
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Minas 247 - A venda de entorpecentes responde por cerca de 60% a 70% dos homicídios registradas em Minas. A estimativa é do superintendente da Polícia Civil do Estado, Jefferson Botelho.
"Estancando esse mal, vamos atingir os outros delitos", disse. Além de identificar e prender os chefes do tráfico, Botelho disseque o serviço de inteligência faz um raio X da região para identificar os possíveis sucessores no comando e, tentar impedir que o círculo da criminalidade seja retomado.
O jornal O Tempo obteve os dados consolidados de assassinatos de 2014 referentes a quatro cidades do interior com mais de 300 mil habitantes – Uberlândia e Uberaba, no Triângulo mineiro, Montes Claros, Norte do estado, e Juiz de Fora, Zona da Mata.
Em 2012, quando foram registrados 163 assassinatos em Uberlândia, as polícias Civil e Militar intensificaram o trabalho de inteligência com o objetivo de identificar os motivos de um alto número de homicídios.
De acordo com o delegado regional da cidade, Samuel Barreto, constatou-se que a maioria das vítimas era usuária de drogas que não pagava a dívida com o traficante, aviãozinho (que vigia a aproximação da polícia), mula (que transporta o entorpecente) ou o traficante em disputa pelo ponto de venda.
Em consequência do elevado índice de criminalidade, foram efetuadas cem prisões de suspeitos de homicídios em 2014, quando se registraram 119 mortes, quase 18% a menos que em 2013, quando foram 145 óbitos.
Segundo o chefe da assessoria de comunicação organizacional da Polícia Militar (PM) de Uberlândia, Julio Cezar Cerizze Cerazo, a corporação também passou a mapear as chamadas "zonas quentes" do município, locais onde há maior incidência de criminalidade.
Em Montes Claros, o delegado Bruno Rezende da Silveira informou que a criação da Delegacia de Homicídios e uma parceira entre a PM, o Ministério Público de Minas Gerias e o Tribunal de Júri foram as duas principais estratégias para a redução do número de assassinatos. "Em 2014, prendemos 63 pessoas e apreendemos sete adolescentes", contou o delegado. Os assassinatos passaram de 86, em 2013, para 77, no ano passado.
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