Jovens de 15 a 17 anos serão prioridade na educação em Minas

Preocupa, porém, que cerca de 15% dos jovens mineiros entre 15 e 17 anos estejam fora das escolas e, entre aqueles que frequentam instituições de ensino, quase 40% ainda estariam no ensino fundamental, segundo Macaé Evaristo; Por isso, manter os jovens na escola e ajudá-los a avançar será, ainda de acordo com ela, uma agenda prioritária

Geraldo Grossi Jr. ( representante MEC),
Guiomar Maria Jardim Le�o ( Ouvidora Educacional da Ouvidoria Geral do Estado),
Francis de Oliveira Rabelo ( defensora p�blica do Minist�rio P�blico de Minas Gerais),
Douglas Melo (deputado estadual PSC/MG), 
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Geraldo Grossi Jr. ( representante MEC), Guiomar Maria Jardim Le�o ( Ouvidora Educacional da Ouvidoria Geral do Estado), Francis de Oliveira Rabelo ( defensora p�blica do Minist�rio P�blico de Minas Gerais), Douglas Melo (deputado estadual PSC/MG), D (Foto: Luis Mauro Queiroz)


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ALMG - Melhorar o atendimento escolar para jovens entre 15 e 17 anos e reformular as formas de avaliação da educação serão, segundo a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, as prioridades do Plano Estadual de Educação. A secretária participou do Debate Público Plano Estadual de Educação: Fundamentos para Discussão e Monitoramento, iniciado na manhã desta segunda-feira (25/5/15) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A programação segue durante todo o dia.

O analfabetismo entre pessoas acima de 15 anos em Minas Gerais alcança 7,6% e está acima da média da região Sudeste, de 4,8%. "Pesa nesse ponto o tamanho do Estado e as características dos municípios, que têm grande extensão territorial e, muitas vezes, têm como única renda o Fundo de Participação dos Municípios", explicou Macaé Evaristo.

A secretária ressaltou, porém, que a maior parte desse analfabetismo está entre a população de idade mais avançada, e não entre os jovens. "Conseguimos, em Minas Gerais e no Brasil, estancar o crescimento do analfabetismo, já que conseguimos alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. Agora, precisamos atacar o analfabetismo funcional", afirmou.

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Preocupa, porém, que cerca de 15% dos jovens mineiros entre 15 e 17 anos estejam fora das escolas e, entre aqueles que frequentam instituições de ensino, quase 40% ainda estariam no ensino fundamental, segundo Macaé Evaristo. Por isso, manter os jovens na escola e ajudá-los a avançar será, ainda de acordo com ela, uma agenda prioritária.

As formas de avaliar a educação no Estado foram criticadas pela secretária, que disse ser necessário repensar o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simade). Ela salientou que Minas Gerais foi o primeiro Estado do País a implantar um sistema de avaliação educacional, mas que é preciso avançar. A simultaneidade entre as provas estaduais e as nacionais foi uma das críticas. “Precisamos conversar e pensar em como conciliar, ou até alternar, essas avaliações”, disse.

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Ainda sobre o Simade, a secretária disse, ainda, que o fundamental é se apropriar dos resultados dessas provas. “Não adianta só avaliarmos, como fazemos hoje. É preciso intervir, avançar, olhar para os estudantes, para os profissionais, para as estruturas”, disse. Ela garante que esse debate será feito por sua pasta.

A secretária de Educação apresentou também alguns dados. Segundo ela, Minas Gerais conta com 3.640 unidades de ensino, 336 delas em áreas rurais. Essas instituições atenderiam hoje mais de 4 milhões de estudantes. Ela lembrou, porém, que existem algumas distorções nas classificações de escolas rurais e urbanas e nas avaliações das instituições.

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Ela citou como exemplo o município de São João das Missões (Norte de Minas), que conta com oito escolas, mas cada uma delas com vários anexos em áreas diferentes da cidade, totalizando 32 unidades, e lembrou que os anexos nem sempre têm a mesma estrutura da sede. Macaé Evaristo disse que é preciso levar em consideração essas questões para que o Plano Estadual de Educação não acabe acentuando as desigualdades. “O foco da nossa politica educacional é reduzir as desigualdades regionais”, afirmou.

Diante de questionamento de um dos participantes sobre cumprimento da lei que determina que pelo menos 30% da merenda escolar deve ser proveniente de agricultura familiar, Macaé Evaristo apresentou algumas dificuldades que estão adiando o alcance da meta. Ela citou, por exemplo, a dificuldade dos produtores em atenderem às necessidades das instituições. “Como fornecer alface o ano inteiro”, exemplificou. Ela também falou nas dificuldades para os gestores de cumprir etapas burocráticas, como apresentar três orçamentos e conseguir notas fiscais dos agricultores. Ela afirmou, porém, que as Secretarias de Educação e de Desenvolvimento Agrário já iniciaram conversas para superar essas dificuldades.

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