Aumento da violência motiva cinco audiências públicas
A necessidade de construção de um centro permanente de internação de menores em Contagem (RMBH) também estará em discussão, assim como o contingente de policiais e sua correlação com a situação dos profissionais que passaram no mais recente concurso para investigador da Polícia Civil (PC), que acompanharam a reunião portando cartazes que reivindicavam a posse dos aprovados
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ALMG - A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em reunião nesta terça-feira (1º/9/15), aprovou a realização de cinco audiências públicas para debater questões relacionadas ao aumento da violência em diferentes regiões do Estado e a importância de se incrementar os instrumentos de combate ao crime. A necessidade de construção de um centro permanente de internação de menores em Contagem (RMBH) também estará em discussão, assim como o contingente de policiais e sua correlação com a situação dos profissionais que passaram no mais recente concurso para investigador da Polícia Civil (PC), que acompanharam a reunião portando cartazes que reivindicavam a posse dos aprovados.
Chamado a se manifestar sobre o caso, o representante dos futuros investigadores, Hugo Leonardo Duarte, destacou a necessidade de um posicionamento oficial sobre o início do curso de formação que vai consolidar a nomeação dos aprovados. Ele lamentou o que chamou de “silêncio preocupante do governo”. Reafirmando a necessidade da audiência pública, enfatizou a importância da nomeação para contribuir no combate à violência em Minas Gerais. Ressaltou, ainda, que a falta de um cronograma oficial para a posse gera um estado de apreensão nos aprovados. Segundo ele, todos já apresentaram os documentos e anseiam pelo início do curso de form
Duarte ainda destacou a situação de candidatos do interior do Estado que já teriam se mudado para a Capital. “Muitos estão longe das famílias, mudaram-se para Belo Horizonte pagando aluguel, numa situação de incerteza e apreensão, enquanto aguardam que a nomeação seja efetivada e o curso de formação tenha início. Precisam de respostas sérias e confiáveis sobre quando tomarão posse”, alertou ele.
Essa realidade dos aprovados foi abordada pelo deputado Cabo Júlio (PMDB), que afirmou ter acabado de telefonar para o chefe da Polícia Civil, tendo recebido confirmação de que haverá a nomeação de mil investigadores aprovados. Segundo Cabo Júlio, o chefe da corporação disse que ainda há a expectativa de se chamar outros mil entre os excedentes. O parlamentar também elogiou uma recente mudança na dinâmica de posse e efetivação dos aprovados, lembrando que, diferentemente da forma anterior, atualmente é garantida a nomeação antes do início do curso de formação, o que reduziria as incertezas e inseguranças.
“Recebi a garantia de que não existe nenhum atraso no calendário de posse. A corporação está apenas aguardando um posicionamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para chamar os aprovados e dar início ao curso de formação. O atual governo tem interesse em nomear todos, fará o possível inclusive para conseguir efetivar também cerca de mil excedentes”, disse Cabo Júlio.
Na sequência das intervenções, o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), colocou em votação requerimento de sua autoria e do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) para a audiência que debaterá a situação. Aprovado o requerimento, Sargento Rodrigues garantiu que a comissão tem grande interesse em formalizar o debate, por reconhecer a carência de profissionais da Polícia Civil e a necessidade da posse dos aprovados para auxiliar no combate à criminalidade.
“O aspecto formal da audiência permite a presença da representação oficial da corporação e também dos sindicatos, que poderão trazer respostas mais completas e claras para sanar as dúvidas apresentadas. A Comissão tem absoluto interesse em ver todos, inclusive os excedentes, devidamente nomeados e em atuação. Isto ajudaria muito a sanar as dificuldades que a Polícia Civil enfrenta atualmente”, avaliou Sargento Rodrigues, parabenizando a mobilização dos aprovados e destacando que esta pressão da categoria é essencial sempre.
A mobilização também foi elogiada pelo deputado Dalmo Ribeiro Silva, que ainda relembrou a realidade dos aprovados provenientes do interior do Estado. “Parabenizo a todos vocês pela ação do grupo, também me preocupa a situação incerta daqueles que se mudaram para Belo Horizonte em razão da aprovação no concurso e aguardam a nomeação, que é muito necessária, afinal a sociedade precisa de todos”, destacou o parlamentar.
Audiências no interior - Foram aprovadas outras quatro audiências públicas, todas focadas em debater a violência, além de instrumentos para melhorar a segurança pública no Estado. Atendendo a requerimento do deputado Tito Torres (PSDB), será realizada uma reunião em Três Marias (Região Central) para discutir ao crescimento da violência e a busca de alternativas para a segurança na região. Com objetivo similar, o deputado Gustavo Valadares (PSDB) requer audiência em Liberdade (Sul de Minas) para avaliar a situação no município e em toda a microrregião de Andrelândia.
Já o deputado Sargento Rodrigues apresentou requerimento para debater a criminalidade em Contagem, bem como a necessidade de construção de um centro permanente de internação de menores naquele município da Região Metropolitana de BH. E o deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) solicitou audiência em Ipatinga (Vale do Aço), a fim de debater situação das unidades penitenciárias localizadas em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.
Visita - Na reunião, ainda foi aprovado requerimento do deputado Douglas Melo (PSC) para a realização de uma visita da comissão à Base Comunitária de Segurança Koban de Venda Nova. O propósito é conhecer melhor as práticas desse modelo de policiamento comunitário da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
ação.
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