Caso Anastasia pode envolver prima de Aécio
O pedido da Polícia Federal para reabrir a investigação contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) se deve a um email que aponta a casa onde o policial federal Jayme Alves, o Careca, teria entregue cerca de R$ 1 milhão, a pedido do doleiro Alberto Youssef; segundo a PF, a casa pertenceria a uma prima do senador Aécio Neves (PSDB-MG), chamada Tânia Guimarães Campos; no entanto, os tucanos já divulgaram uma nova versão, em que se dizem vítima de armação e afirmam que a casa onde o dinheiro foi entregue é outra; "Foi uma denúncia de má-fé. Sou vítima de uma armação. Quero que o episódio seja investigado", disse o senador Aécio; diante da contradição, caberá ao policial Careca, que já disse ter entregue a quantia a uma pessoa muito parecida com o senador Anastasia, identificar o local
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Minas 247 – O pedido da Polícia Federal para reabrir a investigação contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-SP), cujo arquivamento foi solicitado pelo procurador-geral Rodrigo Janot, promete gerar muita polêmica.
Isso porque a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que o ex-policial Jayme Alves, o Careca, entregou cerca de R$ 1 milhão a uma pessoa parecida com o senador Anastasia numa casa de uma prima do senador Aécio Neves (PSDB-MG), chamada Tânia Guimarães Campos.
O PSDB, no entanto, se diz vítima de armação. E divulgou a versão de que a casa onde teria sido entregue a quantia pertenceria a outra pessoa – não à prima de Aécio.
A primeira contestação foi feita numa nota do jornalista Lauro Jardim, de Veja, em que Aécio se disse vítima de armação:
Os tucanos estão estranhando o pedido da PF para que avance a investigação contra Antonio Anastasia, conforme mostrou hoje a Folha de S. Paulo. A estranheza é causada por um fato objetivo: a nova casa em que o policial Careca teria levado dinheiro seria de uma prima de Aécio Neves, Tânia Guimarães Campos.
A descoberta desta segunda casa pela PF só foi possível graças e um e-mail que foi anexado ao inquérito.
A mensagem foi enviada em janeiro por uma moradora de Minas Gerais para o Gabinete Pessoal de Dilma Rousseff e apontava uma casa onde o agente Careca supostamente teria entregado dinheiro em Belo Horizonte.
A casa a que a PF chegou a partir da descrição é de Tânia e fica na Rua Eurico Dutra, no Belvedere, bairro de Belo Horizonte.
Outra casa, a que a PF chegou a partir do depoimento de Careca, é completamente diferente da primeira e fica na Rua José Maria Alckimin, no mesmo bairro, mas não se parece com a outra.
Os tucanos suspeitam de que este e-mail enviado em janeiro de uma moradora de Minas para o gabinete de Dilma seja uma armação para envolver Aécio na Lava-Jato.
Depois, numa segunda nota, Lauro Jardim, também afirmou que a casa da prima de Aécio é totalmente diferente da casa real:
Casas completamente diferentes
São bastante diferentes as duas casas a que a Polícia Federal chegou na investigação para apurar a quem o ex-policial Jayme Careca entregou dinheiro em Minas Gerais (leia mais aqui).
Pelo depoimento de Careca, a casa ficaria voltada para um shopping e seria térrea, parecendo um sobrado para quem olha de frente. Haveria ainda um portão que abre na horizontal.
Mas a casa da prima de Aécio Neves não tem vista para um shopping, não é térrea, o acesso se faz por meio de uma escada e existe um segundo andar, visível da rua.
O portão abre em movimento vertical e o imóvel não tem grades na frente, mas sim muro de pedras. Em resumo, uma nada tem a ver com a outra.
Diz Aécio:
- Foi uma denúncia de má-fé. Sou vítima de uma armação. Quero que o episódio seja investigado.
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