Desastre em Mariana pode custar até R$ 14 bi
Cifra foi anunciada pelo relator do Código da Mineração, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), e atribuída a técnicos da Câmara e do Senado; acordo entre a mineradora Samarco e o MP de Minas foi firmado em R$ 1 bilhão nesta segunda-feira; parlamentar disse que irá cobrar a Samarco, a Vale e a BHP Billiton, suas acionistas, para que provisionem valor maior ainda neste ano
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Minas 247 – O relator do Código da Mineração, deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), informou que a recuperação do meio ambiente e as indenizações pelo desabamento das barragens da Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), custarão entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões. O parlamentar atribui o levantamento a técnicos da Câmara e do Senado. A mineradora fechou, nessa segunda-feira (16), um Termo de Compromisso Preliminar (TCP) com o Ministério Público (MG-MG)e o Ministério Público Federal (MPF), que prevê gastos de R$ 1 bilhão.
Outro acordo emergencial foi firmado no domingo (15) no Espírito Santo. Em consequência da tragédia, sete mortes haviam sido confirmadas até essa segunda. Quatro corpos aguardavam identificação. Há ainda 12 desaparecidos, segundo o Corpo de Bombeiros.
O deputado se reuniu nesta segunda, em Belo Horizonte, com representantes das comissões extraordinárias da Câmara e da Assembleia Legislativa de Minas para discutir os impactos do desastre. De acordo com o parlamentar, o seguro da empresa para o desastre é de US$ 1 bilhão (R$ 3,8 bilhões), bem abaixo do cálculo da assessoria técnica.
Segundo o termo de R$ 1 bilhão, os recursos vão para um fundo e metade da verba será depositada em até 10 dias. A Samarco deve apresentar laudos mensais com o objetivo de mostrar que o dinheiro está sendo usado "em medidas de prevenção, contenção, mitigação, reparação e compensação dos danos ambientais ou socioambientais".
Quintão informou que vai pressionar para que a Samarco e suas controladoras, a Vale e a BHP Billiton, provisionem valor maior ainda neste ano. "É preciso que os recursos sejam colocados hoje para serem gastos em 2016", afirmou. Segundo o Estadão, a mineradora disse que "não pode comentar sobre as apólices, em virtude de confidencialidade".
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