Desistir do Brasil é a saída, diz cientista política

"Depois do Apocalipse de 2016 eu reduzi ao mínimo minhas expectativas sobre a qualidade moral do Brasil, dos seus políticos e dos brasileiros", diz Mara Telles, professora de pós-graduação em ciência política na UFMG; "Minhas expectativas hoje são mínimas: eu atualmente toparia voltar a acreditar num país qualquer se os habitantes dele se indignassem com os mais de uma centena de pessoas massacradas, decapitadas e degoladas em presídios com o mesmo furor com o qual berraram contra uma mulher que Pedalava", afirma

"Depois do Apocalipse de 2016 eu reduzi ao mínimo minhas expectativas sobre a qualidade moral do Brasil, dos seus políticos e dos brasileiros", diz Mara Telles, professora de pós-graduação em ciência política na UFMG; "Minhas expectativas hoje são mínimas: eu atualmente toparia voltar a acreditar num país qualquer se os habitantes dele se indignassem com os mais de uma centena de pessoas massacradas, decapitadas e degoladas em presídios com o mesmo furor com o qual berraram contra uma mulher que Pedalava", afirma
"Depois do Apocalipse de 2016 eu reduzi ao mínimo minhas expectativas sobre a qualidade moral do Brasil, dos seus políticos e dos brasileiros", diz Mara Telles, professora de pós-graduação em ciência política na UFMG; "Minhas expectativas hoje são mínimas: eu atualmente toparia voltar a acreditar num país qualquer se os habitantes dele se indignassem com os mais de uma centena de pessoas massacradas, decapitadas e degoladas em presídios com o mesmo furor com o qual berraram contra uma mulher que Pedalava", afirma (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Mara Telles, em seu Facebook

Depois do Apocalipse de 2016 eu reduzi ao mínimo minhas expectativas sobre a qualidade moral do Brasil, dos seus políticos e dos brasileiros.

Eu passei a me importar menos e a me estressar menos com as pequenas grandes fantasias noticiadas pelas imprensas.

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Eu passei a dar de ombros aos vizinhos que me veem todos os dias no elevador e nunca dão Bom Dia.

Eu deixei de estranhar que mesmo os homens de esquerda não pagam pensão aos filhos e passei a não ver mais os moradores que inundam as ruas.

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Eu já nem ligo mais a News, que insiste em fingir que não vê a economia destroçada.

E ao fim, eu deixei de acreditar que qualquer coisa possa em breve mudar.

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A gente vai se anestesiando para tentar sobreviver e não morrer de angústia.

Minhas expectativas hoje são mínimas: eu atualmente toparia voltar a acreditar num país qualquer se os habitantes dele se indignassem com os mais de uma centena de pessoas massacradas, decapitadas e degoladas em presídios com o mesmo furor com o qual berraram contra uma mulher que Pedalava.

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Um país em que seus habitantes se indignassem furiosamente contra o genocídio de cidadãos da mesma maneira com que se revoltaram contra a Copa e a Corrupção.

Mas, este povo indignado não existe e aqueles que poderiam se indignar preferem postar gatinhos ou fazer selfies bonitinhos em Passárgada, enquanto esperam o carnaval chegar.

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Para sobreviver no Brasil é preciso mais que siso: é preciso desistir do Brasil, é preciso acabar com qualquer expectativa positiva, para se viver nele.

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