Sobe para 110 número de casos suspeitos de febre amarela em Minas

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou um balanço apontando que, em 2017, foram notificados 110 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 20 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente; em relação aos óbitos, foram notificados 30 óbitos, sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela; essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1)

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou um balanço apontando que, em 2017, foram notificados 110 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 20 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente; em relação aos óbitos, foram notificados 30 óbitos, sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela; essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1)
A Secretaria Estadual de Saúde divulgou um balanço apontando que, em 2017, foram notificados 110 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 20 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente; em relação aos óbitos, foram notificados 30 óbitos, sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela; essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1) (Foto: Leonardo Lucena)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Minas 247 - A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nessa quinta-feira (12), um balanço apontando que, em 2017, foram notificados 110 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 20 são casos prováveis*, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente. Foram notificados 30 óbitos, sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1). O termo "caso provável" significa que, apesar de exame laboratorial reagente para a febre amarela, a confirmação final do caso demanda também investigação epidemiológica, históricos de vacinação e deslocamentos desses pacientes.

Com a atualização das estatísticas, aumentou de 15 para 21 o número de cidades que já registaram casos, óbitos ou de epizotias (morte de macacos na zona rural, o que é indício da doença). O governo estadual expandiu a rede de atenção aos 152 municípios que integram as quatro unidades regionais de Saúde com algum tipo de registro da doença: as macrorregiões de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Manhumirim.

Minas também pode ter registrado o primeiro caso de febre amarela em zona urbana desde 1942. De acordo com a Secretaria Municipal de Ladainha, na região do Vale do Mucuri, dois óbitos suspeitos da doença foram registrados nessa quinta-feira (12). Um deles é de um homem de 47 anos, morador da área urbana, mas que não teria ido à zona rural. Ele estava internado desde segunda-feira (9) com sintomas da febre e, nessa quarta-feira (11), foi transferido para um hospital de Teófilo Otoni, na mesma região, mas não resistiu.

continua após o anúncio

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) lançou, nesta quinta-feira (12), o hotsite que esclarece todas as dúvidas sobre a febre amarela. No endereço eletrônico www.saude.mg.gov.br/febreamarela o cidadão encontra orientações sobre vacinação, dicas de prevenção, respostas para as perguntas mais frequentes e as últimas notícias relacionadas ao assunto. A ideia da SES é desvendar mitos e levar informações claras e atualizadas à população mineira.

A vacinação é altamente aconselhável às pessoas que vivem nas áreas endêmicas – imediações de Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema e Inhapim, onde foram notificados os casos suspeitos em Minas Gerais. A população rural e silvestre, agricultores, extrativistas e adeptos do turismo ecológico constituem o grupo de risco.

continua após o anúncio

A vacina, única forma de evitar o contágio da doença, é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela está disponível nas unidades de saúde de forma gratuita e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para as áreas de risco.

Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população. Em 2016, foram repassados aos estados mais de 16 milhões de doses, sendo mais de 3 milhões para Minas Gerais. Devido ao aumento da demanda, pode ocorrer um desabastecimento pontual em alguns municípios, mas o estoque é logo recomposto.

continua após o anúncio

O atual esquema vacinal contra febre amarela é composto por uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos quatro anos. Para pessoas que nunca foram vacinadas ou não possuem comprovante de vacinação, é preciso administrar a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos. Pessoas que já receberam duas doses ao longo da vida já são consideradas imunizadas. A vacina é contraindicada a gestantes e a pacientes com neoplasia, imunodeficiência primária, imunossupressão e submetidos a transplante de órgãos, entre outros.

Combate ao mosquito

Além da vacina, outra forma de prevenir a doença é eliminar os criadouros dos mosquitos. Entre as medidas preventivas indicadas estão: verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas não estão entupidas, eliminar qualquer recipiente como pratos de vasos, latas e pneus contendo água limpa. Esses ambientes são ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos.  

continua após o anúncio

Essas dicas valem para quem vive na zona rural e também para aqueles que residem em áreas urbanas. O último caso de febre amarela urbana registrado no Brasil data de 1942. Mesmo assim, todo cuidado é pouco, já o que Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, também é o vetor da febre amarela no meio urbano.

Transmissão e sintomas

continua após o anúncio

A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. Além do ser humano, a infecção também pode acometer macacos, que podem desenvolver a febre amarela silvestre e ter quantidade suficiente de vírus para infectar mosquitos e, assim, transmitir a doença às pessoas.

A febre amarela não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre com maior frequência na estação das chuvas, quando há um aumento das populações de mosquitos, favorecendo a circulação do vírus.

continua após o anúncio

As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença.

continua após o anúncio
Ações do Governo

As ações de prevenção e controle contra a febre amarela estão sendo desencadeadas principalmente nos municípios que estão em alerta e em outros de Minas Gerais que já apresentam registros de epizootias (morte de macacos) em 2016 e 2017, mesmo sem confirmação laboratorial.

Em vídeo divulgado neste semana, o governador Fernando Pimentel ressaltou que o Governo do Estado já está implementando ações de prevenção nas regiões em que foram identificados casos da doença, incluindo a vacinação das populações que moram em áreas rurais dos municípios afetados. Além disso, também estão sendo reforçados os leitos de hospitais dessas localidades para atendimento de casos graves.

“Não temos nenhum motivo de alarme. A situação de fato é preocupante, mas não é um risco iminente de epidemia. O que nós estamos fazendo é tomar ações preventivas nas regiões afetadas envolvendo especialmente a vacinação. Se você mora num dos municípios que está sendo afetado deve procurar um posto de saúde e se vacinar. Quem mora em área rural já está sendo contatado pelas nossas equipes de campo. Estamos indo de casa em casa vacinar as pessoas”, afirmou o governador.

Nesta sexta-feira (13), o governador visita os municípios de Caratinga e Teófilo Otoni, onde participa do Seminário Minas Gerais contra a Febre Amarela.

Confira outras dúvidas frequentes

Perdi meu Cartão de Vacinação. Ainda sim posso me vacinar contra a Febre Amarela?

Sim. Caso não esteja de posse do cartão de vacinação, por motivo de perda ou dano, é recomendado que o usuário procure o serviço de saúde próximo da sua casa que costuma vacinar ou que faça parte de seu território de abrangência. Lá, ele terá o chamado “cartão espelho”, no qual ficam arquivados os registros de doses que foram aplicadas.

Não me lembro se já vacinei contra Febre Amarela. O que eu faço?

A vacina contra a Febre Amarela faz parte do calendário de vacinação do SUS, por isso se você tiver com a sua imunização em dia provavelmente você já se vacinou. Basta conferir o seu Cartão de Vacinação. Mas, caso ainda tenha dúvida, procure a equipe de saúde na Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer a avaliação e a necessidade de se vacinar.

A febre amarela urbana e a febre amarela silvestre são a mesma doença? Há diferenciação dos sintomas ou gravidade?

Tanto a febre amarela silvestre quanto a urbana têm manifestações clínicas idênticas em ambos os casos de transmissão. O vírus e a evolução clínica são os mesmos; a diferença está apenas nos vetores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela são os mosquitos Haemagogus e o Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá pelo Aedes aegypti.

Existe a possibilidade de uma pessoa infectada na área rural ir para a cidade, infectar mosquitos e iniciar a transmissão em área urbana?

Sim, existe essa possibilidade. Por isso, a prevenção por meio da vacinação e da eliminação dos criadouros do Aedes aegypti é fundamental. Clique aqui e confira alguns cuidados simples para evitar a transmissão do mosquito que também transmite a Dengue, Zika e Chikungunya.

Acompanhe as principais notícias sobre o tema no site e redes sociais da Secretaria de Estado de Saúde:

Clique aqui e confira no Blog da Saúde MG o post especial com perguntas e respostas sobre Febre Amarela.

Clique aqui e confira informações importantes sobre a atualização do Calendário Nacional de Vacinação.

Clique aqui para acessar o Facebook da SES.

*Com informações da assessoria do governo estadual

 

 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247