Ministro do TSE diz que caixa dois de Aécio só tem relevância histórica

"O Brasil é uma comédia", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço, ao comentar a frase do ministro Hermann Benjamin, que disse que o caixa dois de Aécio Neves (PSDB-MG) só tem "relevância histórica"; "Quem sabe, no ano de 2030, os compêndios escolares possam dizer assim: a Odebrecht financiou as campanhas de  Dilma e Aécio, mas a justiça resolveu que só Dilma deveria ser punida, porque o financiamento a Aécio só tinha 'relevância histórica'”, afirma

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) concede entrevista divulgando apoio ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) a candidato oficial do PSDB na disputa da Mesa Diretora. Foto: Marri Nogueira/Agência Senado
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) concede entrevista divulgando apoio ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) a candidato oficial do PSDB na disputa da Mesa Diretora. Foto: Marri Nogueira/Agência Senado (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

O Brasil é uma comédia.

Está na Folha:

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O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, o BJ, disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (2) que a empreiteira baiana doou R$ 9 milhões em caixa dois para campanhas eleitorais após pedido de Aécio Neves, em 2014, quando o tucano concorreu à Presidência da República.

O depoimento foi dado no processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga irregularidades da chapa eleita naquele pleito, com Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).

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Segundo a reportagem, a  Odebrecht repassou R$ 6 milhões para serem divididos pelas campanhas de Pimenta da Veiga, Antonio Anastasia e Dimas Fabiano Toledo Júnior (filho de quem Alberto Youssef e Delcidio do Amaral disseram ser o “mada de Aécio em Furnas). E outros R$ 3 milhões foram para o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela campanha presidencial de Aécio Neves.

Mas o ex-executivo da Odebrecht não pôde detalhar a acusação de caixa dois para Aécio porque foi interrompido pelo ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE.

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“Segundo o ministro, os detalhes da doação a pedido do tucano não são pertinentes ao caso, que investiga apenas a chapa Dilma-Temer, apesar de terem, de acordo com ele, “relevância histórica”

“Relevância histórica”, vejam só.

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Quem sabe, no ano de 2030, os compêndios escolares possam dizer assim: a Odebrecht financiou as campanhas de  Dilma e Aécio, mas a justiça resolveu que só Dilma deveria ser punida, porque o financiamento a Aécio só tinha “relevância histórica”.

Mas nem isso, porque Aécio Neves, o mais rejeitado político brasileiro depois de Eduardo Cunha, tornou-se uma “irrelevância histórica”.

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