Operação desmantela transporte clandestino
Uma operação do MP-MG, da PM e da Secretaria Estadual de Fazenda (SEF) cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Uberlândia, Ribeirão das Neves, Betim e Contagem, por causa de transporte clandestino de passageiros; outras 12 pessoas foram conduzidas coercitivamente à sede do MP para prestar informações; ao todo, 15 empresas são investigadas; apenas em 2016, R$ 53 milhões deixaram de ser recolhidos aos cofres do estado devido ao transporte clandestino, de acordo com a SEF; somando-se o valor aos dos quatro anos anteriores, o prejuízo causado pode ultrapassar os R$ 90 milhões
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Minas 247 - Uma operação do Ministério Público (MPMG), da Polícia Militar e da Secretaria Estadual de Fazenda (SEF) cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Uberlândia, Ribeirão das Neves, Betim e Contagem. Outras 12 pessoas, a maioria sócios e administradores dessas empresas de turismo, foram conduzidas coercitivamente à sede do MPMG para prestar informações aos investigadores. A operação “Ponto Final” investiga irregularidades em 15 empresas suspeitas de transporte de passageiros clandestino em cinco municípios. Apenas em 2016, R$ 53 milhões deixaram de ser recolhidos aos cofres do estado devido ao transporte clandestino, de acordo com a SEF. Somando-se o valor aos dos quatro anos anteriores, o prejuízo causado pode ultrapassar os R$ 90 milhões.
O MP informou que as empresas "desvirtuavam a atividade do turismo" e ofereciam transporte intermunicipal clandestino, vendendo passagens a preços inferiores aos praticados pelas concessionários do serviço. Segundo o órgão, para evitar a fiscalização, as investigadas valiam-se de horários e locais alternativos de embarque e desembarque, transportando pessoas clandestinamente para diversas cidades do interior do estado, principalmente para o Vale do Aço e Norte de Minas.
O promotor de Justiça Renato Froes, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) do MPMG, afirmou que, “para se ter ideia, apenas uma das empresas alvos da operação foi autuada mais de 20 vezes nos últimos anos”. “Mas, geralmente, a empresa paga uma multa e o veículo é liberado. Buscaremos a criminalização da conduta para tentar coibir essa prática”, disse.
De acordo com a promotora de Justiça Cláudia Pacheco, integrante do Caoet, os responsáveis pelo serviço ilegal incorrem na prática de sonegação fiscal, crime contra o consumidor, usurpação da função pública e atentado à segurança e regularidade do serviço público. A pena para cada um desses crimes varia de um a cinco anos de prisão.
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