Aécio articula por Cabral e fica bem com PMDB

Senador mineiro foi o principal negociador da blindagem do governador do Rio na CPI. Os dois são amigos há 20 anos, mas o que pesou mesmo foi a junção de dois fatores: para Aécio, flertar com o PMDB é bom para 2014; e Cabral mostrou que não depende do PT e do Planalto

Aécio articula por Cabral e fica bem com PMDB
Aécio articula por Cabral e fica bem com PMDB (Foto: Folhapress)


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Minas 247 - A blindagem do governador do Rio, Sérgio Cabral, poupado de depôr na CPI do Cacheira, tem um grande responsável. Ou, até mesmo, um grande vencedor: o senador, ex-governador de Minas e presidenciável tucano Aécio Neves. Ele foi o grande articulador da negociação que isolou o PT e juntou peeemedebistas e tucanos na CPI, cujo maior resultado foi a ajuda a Cabral.

Foi, por assim dizer, juntar a fome com a vontade de comer. Para Cabral, a entrada em cena de Aécio foi útil por dois fatores. O primeiro, óbvio, foi não precisar aparecer para as câmeras de TV em posição defensiva, explicando eventuais relações com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, e, por consequência, com o contraventor Carlos Cachoeira. Além disso, ao ter o apoio do presidenciável tucano - e, de resto, também do PSDB -, o governador fluminense mostrou que tem poder de barganha em eventuais e futuras negociações políticas com o PT e o Palácio do Planalto - leia-se Dilma Rousseff e Lula.

Para Aécio, o saldo positivo também não é oculto, pelo contrário. Provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma, o ex-governador de Minas mostrou que continua com o faro articulador afiado. Ele ainda não desistiu de contar com o apoio de parte do PMDB em 2014.

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A CPI do Cachoeira aprovou o depoimento dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiróz (PT), ambos citados em gravações da Polícia Federal sobre o caso. O pedido de convocação de Cabral foi rejeitado, depois de pedido de Aécio à bancada dos tucanos na comissão.

Os dois, Aécio e Cabral, são amigos há 20 anos. O governador fluminense, que já foi filiado ao PSDB no passado, tem uma ex-mulher, Suzana Neves, que é prima do senador mineiro. A aproximação entre os dois políticos também ficou mais forte no debate sobre a divisão dos royalties do petróleo no Senado. Mesmo com perdas para seu estado natal, Aécio Neves defendeu proposta favorável ao estado do Rio.

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Além disso, Aécio também conhece pessoas da construtora Delta. Ele foi padrinho de casamento, por exemplo, de Georges Sadala, dono da GelPar, que tem contratos com os governos do Rio e de Minas. Sadala era uma das pessoas que apareceu ao lado do governador fluminense em fotos feitas em Paris, em 2009. As fotos foram divulgados pelo rival de Cabral, o ex-governador e hoje deputado federal Anthony Garotinho (PR).

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