Minas aproveita vácuo de Serra e Aécio fatura com orquestra

Depois que o então governador José Serra brigou feio com o maestro John Neschling, a Sinfônica da Osesp passou por crise. A dupla Aécio/Anastasia aproveitou para investir pesado na filarmônica mineira, contratando músicos e elevando os salários. Com prêmios e reconhecimento internacional, a aposta mineira começa a dar certo

Minas aproveita vácuo de Serra e Aécio fatura com orquestra
Minas aproveita vácuo de Serra e Aécio fatura com orquestra (Foto: Edição 247)


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Heberth Xavier_247 - Aos poucos, uma aposta mineira começa a dar certo em cima de um vácuo deixado pelos paulistas. Em 2009, quando o então governador mineiro Aécio Neves disputava internamente, entre os tucanos, a vaga de candidato do partido à presidência em 2010, ele decidiu ocupar um espaço deixado vago por seu principal concorrente, o também na época governador José Serra.

O campo da disputa interna era a música, mais especificamente a chamada música clássica. Nada que garantisse milhões de votos, é claro, mas certamente poderia render prestígio. Hoje, três anos depois, a aposta mineira parece estar dando certo.

Aos fatos: naquele 2009, a Orquestra Sinfônica do Estado de SP, ligada à Osesp, estava no auge, conquistado alguns antes, desde que passou a ser dirigida pelo maestro John Neschling. Sob o patrocínio de Mário Covas, a sinfônica da Osesp contratou músicos de nome internacional, ganhou prestígio, prêmios e rodou o mundo. Até que Neschling brigou feio com José Serra. Chegou a chama-lo de “menino mimado” e “autoritário”, além de dar entrevistas criticando o então governador e seu secretário da Cultura, João Sayad. O maestro foi demitido e depois entrou na Justiça trabalhista contra o governo paulista.

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Foi aí que o rival tucano de Serra, Aécio Neves, viu uma oportunidade. Criada em 2008, a Orquestra Filarmônica mineira já ganhou três importantes prêmios. Em 2009, o maestro Fábio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Regente Brasileiro. Em 2010, a Orquestra foi eleita o Melhor Grupo Musical Erudito pela Associação Paulista de Críticos de Artes. Este ano, ganhou o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra do Brasil.

O percussionista Verna Silveira frisa que o trabalho da Filarmônica “surpreende regentes de renome internacional” e o regente titular Fábio Mechetti lembra que, por meio da sensibilização de empresas privadas e por meio da cobrança de ingressos a preços populares, busca-se garantir a manutenção da orquestra.

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Na briga interna pela candidatura em 2010, como se sabe, Serra venceu Aécio no ninho tucano. Mas agora, mais de dois anos depois, a situação mudou. E o sucesso momentâneo da Filarmônica mineira é mais uma amostra disso...

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