Barbosa testa, em Minas, a qualidade de equilibrista

Orador oficial da cerimônia da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, a convite do governador Antonio Anastasia, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, terá que explicar como foi capaz de "mudar o Brasil", com o julgamento da Ação Penal 470, engavetando um caso anterior, ocorrido em Minas Gerais, no governo de Eduardo Azeredo, do PSDB; segundo Barbosa "a imprensa nunca deu bola" para o chamado "mensalão mineiro"; há rumores até de que ele, Barbosa, poderá ser vice do tucano Aécio Neves em 2014

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247 - Em 1998, o então governador Minas Gerais, o tucano Eduardo Azeredo, disputava sua reeleição contra o ex-presidente Itamar Franco. Numa das mais caras campanhas políticas já vistas em todo o país, Azeredo contou com o apoio direto do chamado "valerioduto". As agências do empresário Marcos Valério foram contratadas e receberam recursos de várias estatais mineiras para patrocinar um evento, o Enduro da Independência, que serviu de biombo para coletar recursos de campanha.

Assim nasceu o chamado "mensalão mineiro" ou "mensalão tucano", que, embora bem anterior ao chamado "mensalão petista", de 2005, jamais foi julgado. Além disso, o caso foi desmembrado e os réus sem foro privilegiado puderam ser julgados em primeira instância – o que foi uma benção para alguns deles, como o ex-vice-governador Walfrido dos Mares Guia, cujas penas já prescreveram.

Recentemente, ao ser questionado sobre o não julgamento do "mensalão mineiro", Joaquim Barbosa deu uma explicação curiosa. Disse que a imprensa "nunca deu bola" para o caso (leia mais aqui). E o processo aguarda a nomeação de um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal, que será seu relator.

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Pois hoje, em Ouro Preto (MG), Barbosa testará suas qualidades de equilibrista. Ele foi convidado pelo governador mineiro Antonio Anastasia, do PSDB, para ser o orador oficial da cerimônia da Medalha da Inconfidência, maior comenda mineira, que ocorre no feriado de Tiradentes. Barbosa fala às 11h, com transmissão ao vivo da Agência Minas.

Neste discurso, o presidente do STF, que é mineiro de Paracatu, terá que testar suas qualidades de equilibrista. Terá que encenar ao mesmo tempo o roteiro do "menino pobre que mudou o Brasil", definição feita pela revista Veja, sem explicar por que o caso de 1998, relativo ao mineiro e tucano Eduardo Azeredo, ficou parado. 

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Será também importante notar se o discurso terá alguma conotação política. Recentemente, o colunista Claudio Humberto noticiou um rumor que, se verdadeiro, poderá ser bombástico: o de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria convidado Joaquim Barbosa para ser seu vice, em 2014 (leia mais aqui). Isso explicaria, por exemplo, a pressa do presidente do STF em concluir o quanto antes as prisões do julgamento, a tempo de se filiar a algum partido político.

Minas Gerais celebra hoje seu grande heroi: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, que foi traído por Joaquim Silvério dos Reis e, depois, enforcado em praça pública, na cidade de Ouro Preto. Dentro de algumas horas, um outro Joaquim terá a palavra. Quem é ele?

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