Síria comemora "recuo histórico" dos EUA

"Obama anunciou ontem, diretamente ou através de implicação, o início de um recuo histórico norte-americano", afirmou o jornal oficial da Síria al-Thawra em um editorial de primeira página, depois que o governo americano decidiu consultar o Congresso; Assad prometeu também resistir a agressões

Syria's President Bashar al-Assad (C) chats with military personnel during his visit to a military site in the town of Daraya, southwest of Damascus, on the 68th anniversary of army day, in this handout photograph distributed by Syria's national news agen
Syria's President Bashar al-Assad (C) chats with military personnel during his visit to a military site in the town of Daraya, southwest of Damascus, on the 68th anniversary of army day, in this handout photograph distributed by Syria's national news agen (Foto: Leonardo Attuch)


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BEIRUTE/PARIS, 1 Set (Reuters) - A Síria saudou o "recuo histórico norte-americano", neste domingo, depois que o presidente Barack Obama atrasou um ataque militar iminente, decidindo consultar o Congresso.

Como Obama recuou no último minuto, a França afirmou que não poderia agir sozinha para punir o presidente Bashar al-Assad por um ataque com armas químicas, tornando-se o último país ocidental aliado a repensar o bombardeio à Síria.

"Obama anunciou ontem, diretamente ou através de implicação, o início de um recuo histórico norte-americano", afirmou o jornal oficial da Síria al-Thawra em um editorial de primeira página.

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O presidente dos Estados Unidos disse no sábado que iria buscar o consentimento do Congresso antes de tomar uma ação militar contra Damasco --motivada pelo ataque de 21 de agosto, em que as forças de Assad são acusadas--, uma decisão que deve atrasar qualquer ataque em ao menos nove dias.

O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal Mekdad, condenou qualquer movimento ocidental armado contra seu governo. "A decisão de entrar em guerra com a Síria é uma decisão criminosa e uma decisão incorreta. Estamos confiantes que seremos vitoriosos", disse ele a repórteres diante de um hotel em Damasco.

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No entanto, a coalizão de oposição da Síria pediu neste domingo ao Congresso dos Estados Unidos que autorize uma ação militar e disse que qualquer intervenção deve ser acompanhada de mais armas para os rebeldes.

Obama fez o anúncio-surpresa em um jogo que vai testar sua habilidade de projetar a força americana no exterior e de exercer seu poder em casa.

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Antes de se colocar o pé no freio, o caminho tinha sido liberado para um ataque dos Estados Unidos. Navios da Marinha estão na região aguardando ordens para lançar mísseis, e os inspetores da ONU deixaram a Síria depois de reunir provas de um ataque com armas químicas que as autoridades norte-americanas afirmam ter matado 1.429 pessoas em áreas controladas pelos rebeldes.

(Por Yara Bayoumy e Dominique Vidalon)

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Leia, ainda, reportagem em que Bashar al-Assad promete resistir a agressões:

Assad diz que Síria é capaz de enfrentar qualquer agressão, segundo TV estatal

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BEIRUTE, 1 Set (Reuters) - O presidente Bashar al-Assad afirmou neste domingo que a Síria é capaz de enfrentar qualquer ataque externo, depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que deveria haver um ataque militar contra o país.

"A Síria... é capaz de enfrentar qualquer agressão externa", de acordo com a televisão estatal do país, que citou a afirmação de Assad feita em uma reunião com autoridades iranianas.

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"As ameaças norte-americanas de lançar um ataque contra a Síria não vão afastar a Síria de seus princípios... ou de sua luta contra o terrorismo apoiado por alguns países da região e ocidentais, principalmente, os Estados Unidos da América."

A Síria geralmente se refere aos rebeldes que lutam para derrubar Assad como "terroristas".

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