Papa: Igreja deve estar aberta aos doentes e sem-teto

Na missa solene de Quinta-Feira Santa, dia em que o cristãos comemoram a fundação do sacerdócio por Jesus, Francisco proferiu um sermão sobre a necessidade dos padres viverem uma vida simples e frugal

Pope Francis talks to faithful at the end of a visit to parish San Gregorio Magno in Rome April 6, 2014. REUTERS/Tony Gentile (ITALY - Tags: RELIGION)
Pope Francis talks to faithful at the end of a visit to parish San Gregorio Magno in Rome April 6, 2014. REUTERS/Tony Gentile (ITALY - Tags: RELIGION) (Foto: Gisele Federicce)


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Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO, 17 Abr (Reuters) - O papa Francisco disse nesta quinta-feira, no início de quatro dias cheios de eventos até a comemoração da Páscoa, que as igrejas devem sempre ser um refúgio para os pobres, sem-teto e doentes.

Francisco, que desde sua eleição no ano passado tem pedido aos padres para evitar confortos materiais e a ambição de subir na hierarquia clerical, celebrou uma missa solene de Quinta-Feira Santa, dia em que o cristãos comemoram a fundação do sacerdócio por Jesus.

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No esplendor da Basílica de São Pedro, o pontífice celebrou a "Missa do Crisma", durante a qual todos os padres renovam os votos assumidos em sua ordenação e ele abençoa os óleos a serem usados nos sacramentos ao longo do ano.

Na missa, atendida por cerca de 10 mil pessoas e acompanhada por um coro papal, Francisco proferiu um sermão sobre a necessidade dos padres viverem uma vida simples e frugal.

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Ele descreveu a igreja como "uma casa que abre as portas, um refúgio para pecadores, a casa para pessoas que vivem nas ruas, um lugar para cuidados amorosos aos doentes, um acampamento para os jovens, uma sala de aula."

A Quinta-Feira Santa comemora o dia em que os católicos acreditam que Jesus fundou o sacerdócio, na Última Ceia junto a seus apóstolos antes de ser traído e preso, na noite antes de sua crucificação.

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Ainda nesta quinta, Francisco viajará a um centro de reabilitação nos arredores de Roma para celebrar uma missa em que lavará e beijará os pés de 12 pessoas doentes e aleijadas, para marcar o gesto de humildade feito por Jesus aos seus apóstolos na noite anterior a sua morte.

Os 12 têm idades entre 16 e 86 anos e incluem quatro mulheres e um muçulmano.

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O papas anteriores sempre realizaram a cerimônia no Vaticano ou na Basílica de São João, em Roma, somente com 12 homens católicos, em geral padres.

Mas Francisco, continuando a tradição que começou quando era arcebispo de Buenos Aires, conduzirá a cerimônia em bairros periféricos com gente comum.

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No ano passado, o ato aconteceu em uma prisão juvenil, onde lavou e beijou os pés de prisioneiros mulheres e muçulmanos.

Na Sexta-Feira Santa e Sábado Santo, Francisco lidera três missas antes do Domingo de Páscoa, quando ele profere sua benção e mensagem "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo).

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No domingo, 27 de abril, Francisco vai canonizar o papa João Paulo 2º, cujo papado foi de 1978 a 2005, e o papa João Paulo 23, pontífice entre 1958 e 1963 e responsável pelo Segundo Concílio Vaticano, um marco na modernização da Igreja.

(Reportagem de Philip Pullella)

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