Israel rebate crítica e diz que Brasil é "irrelevante"
Após gesto diplomático do governo brasileiro, que convocou ontem seu embaixador em Tel Aviv, Henrique Pinto, para consulta sobre a morte de palestinos, chancelaria de Israel respondeu duramente: "Seu comportamento nesta questão ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante"; autoridades do governo Dilma receberam com indignação posição do governo de Benjamin Netanyahu e estudam a melhor reação a um comentário "tão duro"
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247 – A chancelaria de Israel criticou duramente o comportamento brasileiro em relação ao conflito entre o país e o Hamas, que já deixou 700 palestinos mortos na Faixa de Gaza, contra 35 israelenses. Em resposta enviada ao jornal Folha de S. Paulo, a representação israelense afirmou que "o Brasil está escolhendo ser parte do problema, em vez de integrar a solução", e classificou o País como "politicamente irrelevante".
Nesta quarta-feira 23, o Itamaraty divulgou nota considerando "inaceitável" a escalada de violência entre Israel e Palestina e chamando de "desproporcional" a força israelense contra os palestinos. O Brasil convocou ainda seu embaixador em Tel Aviv, Henrique Pinto, para consulta sobre as mortes de centenas de civis na Faixa de Gaza. O comentário do governo de Israel foi uma resposta ao gesto diplomático brasileiro.
"Seu comportamento nesta questão ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante", disse ainda a chancelaria israelense. O comentário foi recebido com indignação por autoridades do governo da presidente Dilma Rousseff. O Palácio do Planalto e o Itamaraty avaliaram juntos qual seria a melhor reação para um comentário "tão duro".
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu as declarações do porta-voz da chancelaria de Israel. "Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", disse a jornalistas. "Mas não contestamos o direito de Israel de se defender, jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas", acrescentou.
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