Grã-Bretanha descarta resgatar reféns do Estado Islâmico

Missão de forças especiais foi descartada pela Grã-Bretanha, declarando nesta segunda-feira desconhecer o paradeiro de um britânico que foi ameçado de morte em vídeo e de outros reféns; Indagado por que a Grã-Bretanha não enviou sua equipe de elite Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês), o secretário das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse: "Não sabemos onde ele está, é simples assim"

Secretário do Exterior britânico, Philip Hammond, deixa Downing Street, em Londres. 03/09/2014  REUTERS/Luke MacGregor
Secretário do Exterior britânico, Philip Hammond, deixa Downing Street, em Londres. 03/09/2014 REUTERS/Luke MacGregor (Foto: Gisele Federicce)


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Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) - A Grã-Bretanha descartou uma missão de forças especiais para resgatar um britânico cuja vida foi ameaçada no mais recente vídeo de uma execução divulgado pelos militantes do Estado Islâmico, declarando nesta segunda-feira desconhecer o paradeiro dele e de outros reféns.

No vídeo publicado no sábado, os militantes islâmicos ameaçaram matar o taxista Alan Henning se o primeiro-ministro britânico, David Cameron, continuar a apoiar a luta contra o grupo.

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Os militantes já mataram um refém britânico e dois norte-americanos em decapitações bárbaras que provocaram revolta em todo o mundo, e usam a tática de fazer pressão pública sobre governos ocidentais desde que ataques aéreos dos Estados Unidos ajudaram a deter o avanço do Estado Islâmico, que ocupou áreas do Iraque e da Síria.

Indagado por que a Grã-Bretanha não enviou sua equipe de elite Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês), o secretário das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse: "Não sabemos onde ele está, é simples assim".

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"Obviamente, se soubéssemos, analisaríamos todas as opções", afirmou Hammond à rede BBC em Paris após reunião para coordenar uma resposta internacional ao grupo radical sunita.

"Cogitamos todas as opções possíveis para apoiar estas vítimas de sequestro, britânicas e outras, e se soubéssemos onde estão a história seria diferente, mas não sabemos", acrescentou.

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Henning, pai de duas crianças que moram na cidade de Salford, no norte da Inglaterra, ficou tão comovido com o sofrimento dos sírios que tatuou "ajuda para a Síria" no braço.

Ele fazia parte de uma missão humanitária que partiu poucos dias antes do Natal do ano passado para levar equipamentos médicos ao país devastado pela guerra, quando foi feito refém.

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LONGE DEMAIS

"Alan foi longe demais na Síria", afirmou Mohamed Elhaddad, diretor da Sociedade Árabe britânica, que enviou comboios de ajuda ao território sírio. "Ele correu um risco adicional, porque poderia ter conseguido fazer a entrega na fronteira. Alan é meu amigo, isto é extremamente triste para ele e sua família".

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Henning foi capturado não muito tempo depois de seu comboio de ajuda ser detido por atiradores mascarados pouco após atravessarem a divisa com a Turquia, e o taxista, de 47 anos, foi separado dos outros, segundo relatos da mídia.

"Eles colocaram todos em um cômodo e começaram a interrogar as pessoas", disse um colega de comboio ao jornal inglês Times. "Eram uma mistura de líbios e argelinos, e judiaram de Alan por ele não ser muçulmano".

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De acordo com o jornalista holandês Harald Doornbos, Henning foi sequestrado por combatentes do Estado Islâmico e levado primeiro para Idlib, e depois para Raqqa.

Forças de segurança britânicas confirmaram que Henning foi capturado na Síria, mas sem dar detalhes. O Escritório das Relações Exteriores afirmou que tampouco irá comentar as circunstâncias.

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