Presidenta do Chile pede que todo o gabinete renuncie

Michelle Bachelet pediu a todos os ministros que entregurm seus cargos; ela disse que vai definir o novo gabinete nas próximas 72 horas; em entrevista a um canal de televisão chileno, a presidenta disse que o país vive uma crise de desconfiança e pediu desculpas por “importantes erros” cometidos, referindo-se a forma como lidou com o escândalo de corrupção, envolvendo o filho, Sebastian Davalos, e a nora, Natalia Compagnon

Michelle Bachelet, Executive Director of the United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women (UN WOMEN),  briefs the press on the priorities for UN WOMEN for 2011.
Michelle Bachelet, Executive Director of the United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women (UN WOMEN), briefs the press on the priorities for UN WOMEN for 2011. (Foto: Roberta Namour)


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Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil/EBC 

Quatorze meses após ter assumido seu segundo mandato e em meio a um escândalo de corrupção, envolvendo seu filho, a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, pediu nesta quarta-feira (6) a todos os ministros que entregurm seus cargos. Ela disse que vai definir o novo gabinete nas próximas 72 horas.

O anúncio foi feito durante uma entrevista a um canal de televisão chileno, após a publicação de uma pesquisa de opinião revelando que o índice de rejeição a Bachelet, em abril, foi de 64%. No programa, sobre atualidade chilena, a presidenta disse que o país vive uma crise de desconfiança e pediu desculpas por “importantes erros” cometidos, referindo-se a forma como lidou com o escândalo de corrupção, envolvendo o filho, Sebastian Davalos, e a nora, Natalia Compagnon.

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“Não tive a força de ter criticado o que deveria ter criticado”, disse Bachelet, na entrevista ao jornalista Mario Kreutzberger. A presidenta ficou sabendo do escândalo enquanto estava de férias. A revista chilena Que Pasa denunciou que Sebastian Davalos e a mulher Natalia Compagnon teriam usado “informação privilegiada” e “tráfico de influências” para obter um empréstimo bancário equivalente a US$ 10 milhões.

Na época, Davalos era assessor presidencial – um cargo, sem remuneração, ao qual acabou renunciando em fevereiro passado, por causa do escândalo. Segundo a reportagem, que deu origem a uma investigação, o casal teria usado o dinheiro para comprar terrenos, que foram vendidos em seguida por US$ 5 milhões a mais. A presidenta disse ainda que nunca teve conhecimento de que sua nora e seu filho estavam metidos “num negócio” de especulação imobiliária.

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Bachelet contava com um alto índice de aprovação quando concluiu o primeiro mandato e ao assumir o segundo. Em 14 meses, ela conseguiu cumprir importantes promessas feitas durante a campanha – como a reforma da legislação eleitoral e da educação (duas heranças da ditadura de Augusto Pinochet). Ela também enfrentou desastres naturais – o mais recente deles, a erupção do Vulcão Calbuco. Mas o escândalo de corrupção, como a presidenta admitiu – acabou afetando a sua imagem.

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