Obama defende democracia e combate à corrupção na África

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que é preciso "extirpar o câncer da corrupção", o que segundo ele é o principal obstáculo para o desenvolvimento do continente africano. Obama discursou na sede da União Africana (UA), em Adis-Abeba, Etiópia, e foi o primeiro presidente norte-americano a comparecer a sede da organização; "Nada será tão produtivo para liberar o potencial econômico da África como erradicar o câncer da corrupção", disse; ele defendeu transparência nas gestões e um compromisso com princípios democráticos nos países africanos

Presidente dos EUA, Barack Obama, durante discurso à União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia. 28/07/2015 REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Barack Obama, durante discurso à União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia. 28/07/2015 REUTERS/Jonathan Ernst (Foto: Paulo Emílio)


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Leandra Felipe, Correspondente da Agência Brasil/EBC - O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (28), que é preciso "extirpar o câncer da corrupção", o que segundo ele é o principal obstáculo para o desenvolvimento do continente africano. Obama discursou na sede da União Africana (UA), em Adis-Abeba, Etiópia e foi o primeiro presidente norte-americano a comparecer a sede da organização. Ele defendeu transparência nas gestões e um compromisso com princípios democráticos nos países africanos.

"Nada será tão produtivo para liberar o potencial econômico da África como erradicar o câncer da corrupção", destacou Obama ao falar à plateia da UA, composta por representantes de 54 países do continente.
Ele ponderou que a corrupção existe em todo o mundo, mas disse que na África a "corrupção retira milhões de dólares das economias, dinheiro que poderia ser utilizado para criar emprego, construir hospitais e escolas". E enfatizou: "Só os africanos podem acabar com a corrupção nos respetivos países".

Ele também prometeu ajuda do governo norte-americano para os governos africanos que estejam determinados a combater os círculos financeiros ilícitos e que queiram promover ações de transparência e responsabilidade na gestão pública.

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Obama ainda lembrou da importância dos princípios democráticos para o desenvolvimento do continente africano.

"O progresso de África também vai depender da democracia, porque os africanos, como todas as pessoas do mundo, merecem a dignidade de serem capazes de controlar as suas próprias vidas", frisou.
E defendeu que os ingredientes de uma verdadeira democracia são eleições livres e justas, liberdade de expressão e de imprensa e liberdade de reunião".

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"Estes direitos são universais. Estão escritos nas Constituições africanas", acrescentou, citando os exemplos das eleições na Namíbia, África do Sul e Nigéria.

Obama foi contundente ao falar que apesar das eleições existirem, alguns líderes não querem cumprir suas constituições e não querem deixar o poder ao final do mandato."Ninguém deve ser presidente para a vida", afirmou.

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O presidente dos Estados Unidos termina hoje a viagem pela África depois de viajar pelo Quênia e pela Etiópia. Ele foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar os dois países e discutiu temas ligados ao combate ao terrorismo na região, o conflito no Sudão do Sul e acordos bilaterais econômicos.

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