Polícia russa detém ativistas gays em protesto
Polícia russa deteve vários ativistas dos direitos gays que tentavam protestar no centro de São Petersburgo; ao mesmo tempo, ocorria a festividade nacional dos paraquedistas russos, conhecidos pela aversão às minorias; "Nós estamos na Rússia e não na América. Deixe-os ser o que eles quiserem na América e não na Rússia", disse o paraquedista o Alexander Fadeyev, que tentou rasgar um cartaz das mãos de manifestantes; segundo uma pesquisa, 37% dos russos acredita que a homossexualidade é uma doença que deve ser curada
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247 - A polícia russa deteve neste domingo (2) vários ativistas dos direitos gays que tentavam protestar no centro de São Petersburgo. De acordo com a imprensa local, a polícia prendeu os manifestantes antes que tivessem tempo de montar um arco-íris.
Ao mesmo tempo, ocorria a festividade nacional dos paraquedistas russos, conhecidos pela aversão às minorias. Eles arrancaram à força um cartaz e uma bandeira de um dos ativistas.
Um defensor conhecido dos direitos homossexuais, Yuri Gavrikov foi detido logo após sair de sua casa de bicicleta. A polícia o acusou de dizer obscenidades na rua. Ele negou.
As autoridades russas proíbem manifestações de minorias sexuais e paradas do orgulho gay sob o argumento de que isso impede que os homossexuais sejam alvo de agressões pelos ultranacionalistas e radicais ortodoxos. De acordo com uma pesquisa, 37% dos russos acredita que a homossexualidade é uma doença que deve ser curada.
O artigo 121 do Código Penal da Rússia, que sancionava com penas de prisão as práticas homossexuais, foi abolido apenas em 1993, ano em que também se deixou de considerar o homossexualismo uma doença mental.
"Sim, eu sou gay e tenho direitos similares aos de outras pessoas", afirmou o ativista Alexei Nazarov, que viajou de Moscou para participar do evento.
Segundo o paraquedista veterano Alexander Fadeyev, que tentou rasgar um cartaz das mãos de manifestantes, o que os homossexuais fazem na Rússia "não é certo, é terrível". "Nós estamos na Rússia e não na América. Deixe-os ser o que eles quiserem na América e não na Rússia", acrescentou.
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