Liderança do Syriza encolheu, enquanto Tsipras busca novo mandato

O ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras exortou neste sábado que seus partidários deem a ele um mandato para que possa completar a transformação política da nação, em um momento no qual as pesquisas mostram que o seu partido, o esquerdista Syriza, está na frente para as eleições do próximo mês, porém com menor margem

Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante sessão parlamentar, em Atenas. 14/08/2015 REUTERS/Christian Hartmann
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante sessão parlamentar, em Atenas. 14/08/2015 REUTERS/Christian Hartmann (Foto: Leonardo Attuch)


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Por George Georgiopoulos e Renee Maltezou

ATENAS (Reuters) - O ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras exortou neste sábado que seus partidários deem a ele um mandato para que possa completar a transformação política da nação, em um momento no qual as pesquisas mostram que o seu partido, o esquerdista Syriza, está na frente para as eleições do próximo mês, porém com menor margem.

Tsipras renunciou na semana passada, dias após fechar um acordo de ajuda de 86 bilhões de euros com os credores da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O objetivo do abrupto anúncio foi esmagar a rebelião de um grupo de congressistas de extrema-esquerda e aumentar o seu poder.

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Mas a aposta de Tsipras de convocar eleições antecipadas para o dia 20 de setembro pode ser um tiro pela culatra, com a maioria dos gregos desaprovando a sua atitude de buscar um novo mandato e a forma como ele negociou com os credores.

Em maio, o Syriza tinha vantagem de 15,2 pontos percentuais sobre a oposição do partido conservador Nova Democracia, mas essa margem caiu para apenas 1,8 por cento, de acordo com uma pesquisa do instituto MRB, divulgada neste sábado pelo jornal Agora.

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Outras pesquisas mostraram que a liderança diminuiu, sugerindo que o momento é da legenda Nova Democracia.

Tsipras afirmou que pretende completar o que começou quando o Syriza venceu as eleições, em janeiro.

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Ele exortou que seus partidários lutem contra o velho e "odiado" sistema político que, segundo ele, é responsável pelo fato de a Grécia necessitar de ajuda internacional. O ex-premiê justificou sua decisão de fechar um acordo para obter um terceiro pacote de ajuda internacional.

"Não nos arrependemos por termos lutado, nem por ter evitado uma catástrofe no final", disse. "Quem quiser nos abandonar tem o direito de fazê-lo, mas estamos avançando. Ainda não lutamos nossas melhores batalhas".

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Discordando de Tsipras, dissidentes do Syriza formaram um partido mais à esquerda, o Unidade Popular.

A pesquisa do MRB mostrou que o novo partido já tem o apoio de 4,2 por cento dos eleitores, acima do limite mínimo de 3 por cento para entrar no Congresso. O Syriza aparece com 24,6 por cento, enquanto o Nova Democracia tem 22,8 por cento.

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A pesquisa também mostrou que 68,6 por cento dos eleitores desaprovaram a decisão de Tsipras de renunciar ao cargo.

Todas as recentes pesquisas sugerem que o Syriza tem chances remotas de ganhar maioria parlamentar. O partido de direita Gregos Independentes, aliados de Tsipras no governo de coalizão, não deve chegar ao Parlamento desta vez.

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A pesquisa do MRB, com base em 1.008 entrevistas em todo o país de 25 a 27 de agosto, mostrou que 75,4 por cento dos gregos querem que a nação permaneça na zona do euro, embora quase 73 por cento tenham uma visão negativa do pacote de ajuda negociado por Tsipras.

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