'Terrorismo e violência nascem da pobreza', diz Francisco

"A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo — que se alimentam do medo, da desconfiança e do desespero — nascem da pobreza e da frustração", declarou o líder da Igreja Católica durante missa em Nairóbi, no Quênia; papa Francisco também condenou a participação de jovens em atentado, bem como os perigos do extremismo religioso; segundo ele, "em nome da religião", extremistas "semeiam a discórdia e o medo para lacerar o tecido das nossas sociedades"

Papa Francisco em meio a multidão em Nairóbi. 26/11/2015 REUTERS/Thomas Mukoya
Papa Francisco em meio a multidão em Nairóbi. 26/11/2015 REUTERS/Thomas Mukoya (Foto: Aquiles Lins)


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Opera Mundi – Em sua primeira viagem ao continente africano, o papa Francisco visitou ontem (26/) a capital do Quênia, Nairóbi. Em encontro com o presidente do país, Uhuru Kenyatta, o pontífice relacionou pobreza e frustração como fontes do terrorismo e da violência.

"A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo — que se alimentam do medo, da desconfiança e do desespero — nascem da pobreza e da frustração", declarou o líder da Igreja Católica.

Francisco também condenou a participação de jovens em atentado, bem como os perigos do extremismo religioso. Segundo ele, "em nome da religião", extremistas "semeiam a discórdia e o medo para lacerar o tecido das nossas sociedades".

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Além disso, o papa recordou atentados terroristas graves que ocorreram no Quênia nos últimos dois anos, como o massacre contra cristãos na Universidade de Garissa, que matou 148 estudantes em abril deste ano, e o ataque ao centro comercial de luxo Westgate, no fim de 2013, que deixou 67 mortos.

"As religiões jogam um papel essencial na formação das consciências, mas o nome de Deus não deve ser usado jamais para justificar o ódio e a violência", comentou Francisco.

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Durante sua primeira celebração na África, o pontífice esteve acompanhado por vários líderes de diferentes religiões que atuam no Quênia, reportou a agência de notícias italiana Ansa. "Nós devemos ser reconhecidos como profetas e trabalhadores da paz", disse ele a seus companheiros.

Seguido por milhares de fiéis, o líder religioso fez ainda uma missa coletiva na Universidade de Nairóbi e ainda visitará o escritório da ONU na capital. Depois, ele partirá para Uganda e República Centro-Africana.

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