Redes sociais impulsionam campanha de Bernie Sanders nos EUA

Gritos de "Feel the Bern" são marca registrada dos discursos do senador Bernie Sanders, que disputa com Hillary Clinton a candidatura do Partido Democrata na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos; usada mais de 210 mil vezes nos últimos 30 dias no Twitter, a hashtag #FeeltheBern, alusão a "Feel The Burn", "sinta queimar" em português, é a inspiração da campanha; Bernie Sanders começou com 9% das intenções de voto e, durante o caucus de Iowa, o "democrata socialista" conquistou 49,6% dos eleitores democratas contra 49,8% angariados por Hillary

Gritos de "Feel the Bern" são marca registrada dos discursos do senador Bernie Sanders, que disputa com Hillary Clinton a candidatura do Partido Democrata na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos; usada mais de 210 mil vezes nos últimos 30 dias no Twitter, a hashtag #FeeltheBern, alusão a "Feel The Burn", "sinta queimar" em português, é a inspiração da campanha; Bernie Sanders começou com 9% das intenções de voto e, durante o caucus de Iowa, o "democrata socialista" conquistou 49,6% dos eleitores democratas contra 49,8% angariados por Hillary
Gritos de "Feel the Bern" são marca registrada dos discursos do senador Bernie Sanders, que disputa com Hillary Clinton a candidatura do Partido Democrata na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos; usada mais de 210 mil vezes nos últimos 30 dias no Twitter, a hashtag #FeeltheBern, alusão a "Feel The Burn", "sinta queimar" em português, é a inspiração da campanha; Bernie Sanders começou com 9% das intenções de voto e, durante o caucus de Iowa, o "democrata socialista" conquistou 49,6% dos eleitores democratas contra 49,8% angariados por Hillary (Foto: Aquiles Lins)


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Dodô Calixto, do Opera Mundi - Os gritos de "Feel the Bern" são marca registrada dos discursos do senador Bernie Sanders, candidato à nomeação do Partido Democrata para a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Usada mais de 210 mil vezes nos últimos 30 dias no Twitter, a hashtag #FeeltheBern (alusão a "Feel The Burn", "sinta queimar" em português; "Burn", em inglês, tem som semelhante a "Bern") é a inspiração da campanha.

Assim como #FeeltheBern, o apoio de seguidores e fãs nas redes sociais digitais vem impulsionando o crescimento de Sanders na disputa contra a também pré-candidata Hillary Clinton no Partido Democrata.

Em junho de 2015, quando Bernie Sanders começou a campanha, tinha cerca de 9% das intenções de voto nacionais. Na última segunda (01), durante o caucus de Iowa - primeira etapa do processo de escolha dos candidatos de cada partido -, o "democrata socialista" conquistou 49,6% dos votos dos eleitores democratas contra os 49,8% angariados por Hillary. De acordo com analistas norte-americanos, o resultado, um empate virtual, teve influência direta do grande movimento nas redes sociais.

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Sem a mesma exposição que os concorrentes na imprensa tradicional e considerado por muitos veículos como candidato nanico no início da campanha, Bernie Sanders arrebatou nas últimas semanas mais seguidores no Instagram, mais compartilhamentos no Facebook e, sobretudo, o maior número de interações no Twitter em comparação com a concorrente Hillary Clinton, segundo registros da mídia norte-americana.

De acordo com os dados oficiais do Facebook, durante as 24 horas que antecederam o pleito de Iowa, 42,2% das conversas sobre as eleições eram sobre Bernie Sanders. Apenas 13% foram sobre Hillary.

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Também no Facebook, Bernie Sanders liderou nos últimos dias o número de novos seguidores de páginas - elemento utilizado por especialistas para analisar o entusiasmo dos internautas. Foram 15 mil novos fãs em comparação a 6 mil de Clinton.

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De acordo com o portal Decision Data, especialista em dados políticos, Sanders foi citado pelos meios de comunicação tradicionais cerca de 30 mil vezes entre junho de 2015 e janeiro de 2016. No mesmo período, Hillary Clinton teve o triplo de menções e foi citada cerca de 90 mil vezes. No entanto, Sanders foi procurado nos mecanismos de busca do Google cerca de 21,5 milhões de vezes contra 9,2 milhões de Clinton.

Sanders é contrário a doações privadas e a verbas de organizações financeiras para a campanha, e através da mobilização nas redes sociais garantiu outro número expressivo: a campanha é a que mais recebeu doações individuais na história da corrida presidencial à Casa Branca.

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Com discurso contra a especulação financeira em Wall Street e a favor de saúde e educação gratuitas para todos os norte-americanos, Sanders vem conquistando apoio de perfis importantes nas redes sociais. Nomes estrelados como as bandas Red Hot Chili Peppers, Run The Jewels e Slipknot, o ator Leonardo Di Caprio e o cineasta Michael Moore, entre outros, já citaram Sanders nas plataformas digitais.

Outro elemento importante na análise das redes sociais é o número de visualizações nos vídeos que circulam no Youtube e no Facebook. Diversos perfis publicaram vídeos que viralizaram na internet. Um dos mais vistos, com 8 milhões de visualizações, é o que mostra 30 anos da atuação política de Sanders.

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Nos EUA, grande parte dos analistas edigitais afirma que faltam dados de análise e que ainda é cedo para garantir que o crescimento expressivo de Bernie Sanders possa repetir o que aconteceu com Barack Obama em 2008, quando o pleito contra o republicano John McCcain ficou marcado pela ascensão das redes sociais na internet como fator político, garantindo a vitória do atual presidente.

Bernie Sanders Brasil

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Criada em 24 de janeiro, a página no Facebook "Bernie Sanders Brasil" já reúne mais de 2,8 mil seguidores e registrou mais de 130 mil visualizações até agora. A iniciativa, feita de forma coletiva a partir de um grupo de discussão política, reúne em português os principais tópicos da campanha de Sanders nos EUA. Em entrevista a Opera Mundi, o coletivo destaca que deseja fortalecer as discussões sobre a eleição norte-americana pela perspectiva de esquerda.

"A página está crescendo porque muita gente está interessada em debater as questões que Bernie Sanders levanta. No fundo, muitos dos problemas do sistema norte-americano, como brutal concentração de renda, racismo, poder do sistema financeiro, corrupção eleitoral, entre outros, também acontecem no Brasil. O que Sanders fala, apesar de se referir à realidade dos Estados Unidos, significa muito para muitos de nós no Brasil, seja na conquista de direitos, seja na materialização de conquistas como Sistema Único de Saúde e Salário de Vida, que são constitucionais, mas não são direitos efetivos", afirma o historiador Bruno Marconi, um dos integrantes do movimento.

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"Como Bernie diz, são os 'problemas reais das famílias trabalhadoras'. Não precisamos de novas lideranças, precisamos de novas práticas. Bernie não aceita dinheiro de empresas, limita as doações para sua campanha a cerca de dois salários mínimos dos EUA e fala de um movimento de ampliação da participação democrática feito pela base da sociedade (os chamados grassroots movements) em que ele é 'um de muitos', usando a hashtag #NotMeUs ["Não Eu, Nós", em tradução livre]. É disso que precisamos", afirmam os estudantes João Pedro Dias, Rodrigo Veloso e Victor Stuart, também responsáveis pela página.

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