Milhares de pessoas vão às ruas de Londres para dizer “não” ao “Brexit”

Cerca de 100mil britânicos foram às ruas de Londres para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira (29);"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou o líder liberal-democrata, Tim Farron, que esteve presente na mobilização

Cerca de 100mil britânicos foram às ruas de Londres para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira (29);"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou o líder liberal-democrata, Tim Farron, que esteve presente na mobilização
Cerca de 100mil britânicos foram às ruas de Londres para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira (29);"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou o líder liberal-democrata, Tim Farron, que esteve presente na mobilização (Foto: Leonardo Lucena)


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Da EFE

Milhares de britânicos foram às ruas de Londres neste sábado para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira. As informações são da agência de notícias EFE. 

Em um dia ensolarado na capital britânica, cerca de 100 mil pessoas, de acordo com o grupo Unidos pela Europa, que organizou o protesto, fizeram uma passeata partindo de vários pontos da cidade para se concentrar em frente ao Palácio de Westminster, sede do Parlamento, para dizer "não" à saída do bloco europeu.

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O evento, que contou com a participação de muitas famílias e jovens, ocorreu em meio às fortes medidas de segurança em Londres por causa do atentado registrado na última quarta-feira, quando Khalid Masood matou quatro pessoas na Ponte de Westminster e na porta do Parlamento antes de ser abatido pela polícia.

Com cartazes e bandeiras da UE, os manifestantes fizeram uma passeata em ambiente festivo, que contou também com a presença de políticos pró-Europa, entre eles o líder liberal-democrata, Tim Farron, que exige um segundo referendo sobre o acordo final que o governo britânico firmar com a União Europeia.

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Os manifestantes queriam expressar apoio ao projeto europeu no dia em que se celebrou o 60º aniversário do Tratado de Roma, embrião da atual União Europeia, e antes da ativação do "Brexit".

O Unidos pela Europa afirmou em comunicado que as pessoas que votaram a favor da permanência pelo bloco estão juntas no objetivo de manifestar em frente ao "coração da democracia", o Parlamento. Ao chegarem ao Palácio de Westminster, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas quatro pessoas mortas no atentado.

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Farron, que levava na lapela um escudo da UE, disse em discurso que o "Brexit" representa um "ultraje indescritível", mas que a saída do Reino Unido "não nos vencerá, silenciará ou dividirá".

"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou Farron.

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"Nosso trabalho é ganhar os corações e os pensamentos nos próximos meses, ganhar apoio para um referendo sobre o acordo final, mudar a direção do debate e do nosso país", destacou.

Além de Londres, o Movimento de Jovens Europeus de Edimburgo organizou hoje uma manifestação similar na capital da Escócia para mostrar o apoio à União Europeia e a oposição ao "Brexit".

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Os protestos coincidiram com o anúncio do deputado Douglas Carswell, o único do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), de deixar a legenda antieuropeia após a vitória do "Brexit". Ele, no entanto, seguirá na Câmara dos Comuns como independente.

"Como muitos de vocês, mudei do Partido Conservador para o UKIP porque queria desesperadamente que saíssemos da União Europeia. Agora, temos certeza que isso vai ocorrer. Decidi que deixarei o UKIP", ressaltou o deputado em seu blog.

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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciará na quarta-feira a ativação do Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociações de dois anos sobre os termos da saída de um país do bloco. 

Berlim

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Na capital alemã, milhares de pessoas foram às ruas neste sábado para mostrar apoio ao projeto europeu e para protestar contra a ascensão do nacionalismo e do isolacionismo na região.

O protesto percorreu o coração da capital da Alemanha e terminou em frente ao emblemático Portão de Brandemburgo. Os manifestantes cantavam palavras de ordem a favor do projeto europeu e contra os movimentos eurofóbicos e ultradireitistas.

Alguns manifestantes usaram caixas de papelão para simular o muro que dividiu a capital alemã nos tempos da Guerra Fria, dividindo a Europa em duas. Além disso, eles usavam camisetas e levaram balões com a bandeira da União Europeia, cantando, em inglês e alemão, o lema: "Some call it Europa. We call it home" ("Alguns chamam de Europa. Nós chamamos de lar").

O protesto foi organizado por grupos ligados à União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e por pessoas da organização "Pulse of Europe", que há várias semanas reúne no centro de Berlim centenas de pessoas que defendem o projeto europeu.

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