Opep e Rússia rejeitam pedido de Trump para aumentar produção de petróleo

Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e a Rússia descartaram neste domingo a possibilidade de aumento na produção de petróleo bruto, rejeitando efetivamente os pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para medidas que esfriem o mercado

Opep e Rússia rejeitam pedido de Trump para aumentar produção de petróleo
Opep e Rússia rejeitam pedido de Trump para aumentar produção de petróleo (Foto: REUTERS/Leah Millis)


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ARGEL (Reuters) - A Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e a Rússia descartaram neste domingo a possibilidade de aumento na produção de petróleo bruto, rejeitando efetivamente os pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para medidas que esfriem o mercado.

"Eu não influencio preços", disse o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, a jornalistas enquanto ministros do setor energético de países membros e não membros da Opep se reuniam em Argel para encontro que terminou sem recomendações formais para estímulos adicionais na oferta da commodity.

O barril do petróleo Brent chegou a 80 dólares neste mês, levando Trump a reiterar na última quinta-feira seu pedido para que a Opep baixasse os preços. A alta das cotações foi contida principalmente por uma queda nas exportações do Irã, membro da Opep, devido ao restabelecimento de sanções dos EUA.

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"Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós e, ainda assim, eles continuam incentivando preços cada vez mais altos para o petróleo. Nós lembraremos disso. O monopólio da Opep deve baixar os preços agora!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Falih disse que a Arábia Saudita tinha capacidade para aumentar a produção de petróleo, mas que a medida não seria necessária no momento.

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"A minha informação é que os mercados estão sendo adequadamente abastecidos. Não sei de nenhuma refinaria no mundo que esteja precisando de petróleo e não esteja conseguindo", afirmou Falih.

O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que nenhum aumento imediato na produção era necessário, embora acreditasse que uma guerra comercial entre a China e os EUA, assim como sanções norte-americanas ao Irã, estariam criando novos desafios para os mercados de petróleo.

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O ministro do Petróleo de Omã, Mohammed bin Hamad Al-Rumhy, e seu equivalente do Kuwait, Bakhit al-Rashidi, disseram a jornalistas após a reunião deste domingo que os produtores concordaram em se comprometer a atingir a meta de 100 por cento dos cortes de produção acordados em junho.

Isso significa, na prática, compensar as quedas na produção iraniana. Al-Ruhmy disse que os mecanismos exatos para cumprir o objetivo ainda não haviam sido discutidos.

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A nota de Trump, enquanto isso, não foi a sua primeira com críticas à Opep.

Preços mais altos de gasolina para consumidores norte-americanos poderiam criar uma dor de cabeça política para o republicano antes das eleições para o Congresso em novembro.

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O Irã, terceiro maior produtor da Opep, acusa Trump de orquestrar a alta nos preços de petróleo ao impor sanções sobre Teerã e culpa seu rival local, a Arábia Saudita, por ceder às pressões dos Estados Unidos.

No domingo, o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse que a publicação de Trump era "o maior insulto aos aliados de Washington no Oriente Médio".

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