Campanha eleitoral teve 'desinformação deliberada', diz comissão internacional

O relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, disse que nas campanhas políticas desenvolvidas no Brasil, entre diferentes candidatos à Presidência da República, houve "desinformações deliberadas"; "No Brasil, o fenômeno surgiu com muita força. Algumas dessas informações são notícias que a imprensa descobriu, desmascarando as equipes de campanha. Outras, as próprias plataformas indicaram e começaram a tomar medidas", explicou

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Agência Brasil - O relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, disse que nas campanhas políticas desenvolvidas no Brasil, entre diferentes candidatos à Presidência da República, houve "desinformações deliberadas". "A informação que temos é que no Brasil houve muito movimento de desinformação deliberada, alguns com formatos jornalísticos falsos e outras com formatos mais difíceis de classicar como memes, notícias em formatos simplistas e outros tipos", afirmou.

Lanza fez estas declarações durante a conferência internacional "Desinformação na era digital e seu impacto na liberdade de expressão e os processos eleitorais da região" que aconteceu em Montevidéu, capital do Uruguai. O relator armou que as fake news ou notícias falsas representam um fenômeno "muito novo", com poucos anos de descoberta, por isso, acredita ser "difícil" avaliar o impacto que elas têm na sociedade.

"No Brasil, o fenômeno surgiu com muita força. Algumas dessas informações são notícias que a imprensa descobriu, desmascarando as equipes de campanha. Outras, as próprias plataformas indicaram e começaram a tomar medidas", explicou. Estados Unidos e Reino Unido Para o diplomata uruguaio, estas estratégias tiveram notoriedade dentro das campanhas eleitorais dos Estados Unidos, Brexit, no Reino Unido, a campanha pela paz da Colômbia e nas últimas eleições presidenciais do México.

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"Quando uma decisão pode ser influenciada por um fluxo de informações falsas sobre um candidato ou partido e, acima de tudo, com as ferramentas tecnológicas que hoje permitem a viralização, tem-se um fenômeno muito perigoso", disse. Alguns dos pontos que a CIDH recomenda para evitar este tipo de informações são "sistemas efetivos" de autorregulação e prestação de contas que jornalistas e veículos de imprensa devem colocar em prática. Também se deve atuar em função da retificação e direito de resposta diante das informações incorretas, assim como oferecer uma "cobertura crítica" da desinformação, propaganda e notícias falsas.

A CIDH também recomenda a capacitação dos jornalistas em tecnologia da informação e que se promova o jornalismo investigativo. Nesse contexto, Lanza disse que a América Latina passa por um "momento muito complicado", quanto ao respeito à liberdade de expressão em alguns países como Honduras, Guatemala, México, Nicarágua e Venezuela, onde casos de repressão e prisão de jornalistas foram registrados nos últimos anos

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