Moscou: declaração da OEA sobre aviões russos prejudica colaboração com organização

Segundo a OEA, a presença da missão militar em questão no território venezuelano "viola a Constituição da Venezuela"; o governo de Vladimir Putin rechaça o posicionamento da organização e afirma que o "voo à Venezuela dos bombardeiros estratégicos russos não viola o Tratado de nenhuma forma"; além disso, o  governo russo disse lamentar que "a chefia da OEA use seu estatuto para difundir informações falsas e inventadas sobre a política da Rússia na região latino-americana"

Moscou: declaração da OEA sobre aviões russos prejudica colaboração com organização
Moscou: declaração da OEA sobre aviões russos prejudica colaboração com organização (Foto: Russian Defence Ministry/Handout via Reuters)


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Sputnik - Anteriormente, a Organização dos Estados Americanos expressou preocupação em conexão com o envio de aviões militares russos à Venezuela.

"A Secretaria-Geral da OEA toma nota, com a maior preocupação, das notícias vindas da Venezuela sobre a possibilidade de aeronaves capazes de usar armas nucleares, provenientes da Rússia, se encontrarem no seu território", lê-se na declaração, divulgada no site da organização.

Segundo a OEA, a presença da missão militar em questão no território venezuelano viola a Constituição da Venezuela, por não ter sido autorizada pela Assembleia Nacional, além de violar "normas fundamentais do direito internacional".

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O Ministério das Relações Exteriores russo comentou a declaração da OEA.

"Em conexão com a declaração divulgada no site da OEA [...] em relação ao voo à Venezuela de dois bombardeiros estratégicos russos Tu-160, que podem portar armas nucleares, gostaríamos de responder o seguinte: a Federação da Rússia cumpre, de forma rigorosa e completa, as obrigações por si assumidas derivadas do Protocolo Adicional II do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Tratado de Tlatelolco), no qual estão estabelecidas as garantias jurídicas que excluem o uso e a ameaça de uso das armas nucleares em relação aos Estados da zona", lê-se no comentário do Departamento de Informações e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores russo.

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A chancelaria acrescentou que o "voo à Venezuela dos bombardeiros estratégicos russos não viola o Tratado de nenhuma forma".

Além disso, o ministério disse lamentar que "a chefia da OEA use seu estatuto para difundir informações falsas e inventadas sobre a política da Rússia na região latino-americana no estilo do 'highlylikely' [altamente provável]".

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"Não podemos aceitar que uma estrutura regional tão respeitável como a OEA faça declarações políticas que visam de forma objetiva criar uma atmosfera de desconfiança nas relações entre a Rússia e os países da América Latina e do Caribe", lê-se no comentário.

"Desta forma, voluntaria ou involuntariamente é prejudicada a colaboração entre a Rússia e a própria organização, com que o nosso país, na qualidade de observador permanente, vem desenvolvendo uma interação construtiva em diferentes área ao longo dos últimos anos", ressaltou o comentário da chancelaria.

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Anteriormente, dois bombardeiros estratégicos russos Tu-160, um avião cargueiro An-124 e um avião de longe alcance Il-62 da Força Aeroespacial russa aterrissaram no território da Venezuela para participar das manobras conjuntas.

O presidente colombiano, Ivan Duque, expressou preocupação com o voo, sugerindo que a medida não era amigável.

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De acordo com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, as visitas de aviões militares de outros países continuarão. Maduro afirmou que o voo dos aviões russos faz parte dos planos de colaboração entre a Rússia e a Venezuela. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, assinalou que ninguém no mundo deve ter medo da presença dos aviões russos no território do país.

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