China é alvo de ataques no jantar de Bolsonaro com extrema-direita americana

Durante o banquete dos direitistas estadunidenses com o presidente Jair Bolsonaro, promovido neste domingo (17) pelo embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Sergio Amaral, o ministro da Economia Paulo Guedes discursou demoradamente sobre as relações do Brasil com a China e detalhou o bordão que o presidente repete, segundo o qual “a China pode comprar no Brasil, mas não comprar o Brasil”; Steve Bannon, o segundo guru do clã Bolsonaro, ao lado de Olavo de Carvalho, discorreu sobre o tema de maneira professoral dizendo que o Brasil precisa "reduzir sua co-dependência da China"

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247 - Durante o banquete dos direitistas estadunidenses com o presidente Jair Bolsonaro, promovido neste domingo (17) pelo embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Sergio Amaral, o ministro da Economia Paulo Guedes discursou demoradamente sobre as relações do Brasil com a China e detalhou o bordão que o presidente repete, segundo o qual “a China pode comprar no Brasil, mas não comprar o Brasil”. Steve Bannon, o segundo guru do clã Bolsonaro, ao lado de Olavo de Carvalho, discorreu sobre o tema de maneira professoral dizendo que o Brasil precisa "reduzir sua co-dependência da China".

Os ataques à China foram o principal prato do jantar. Segundo os relatos, a questão chinesa tomou tanto ou mais tempo que novos acordos internacionais almejados pelo governo brasileiro.

O ministro da Economia Paulo Guedes e o estrategista da campanha eleitoral do presidente Donald Trump, Steve Bannon, falaram longamente sobre as relações entre Brasília e Pequim. Bannon, que já defendeu que os Estados Unidos declarem guerra à China, fez uma dobradinha com Guedes sobre a questão. Professoral, o norte-americano criticou a “co-dependência” da China e deu orientações a Bolsonaro e sua comitiva sobre como administrar a relação com o país asiático.

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Por seu turno, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendendo os interesses dos ruralistas que ela representa, e que estão sendo traídos pelo governo Bolsonaro, fez o contraponto. Ela ressaltou a importância das exportações agrícolas do Brasil para a China - o país asiático absorve cerca de 35% das vendas externas de produtos agrícolas do Brasil. O embaixador Sergio Amaral foi na mesma linha.

Bannon teria dito que os chineses veem o Brasil da mesma forma que enxergam a Austrália e que o país está se tornando muito vulnerável a Pequim.

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Esses temores estão em linha com as preocupações do governo dos EUA sobre a expansão chinesa e o avanço tecnológico do país, principalmente com a Huawei na rede 5G — além dos problemas de segurança e da possibilidade de espionagem.

Bannon também abordou a suposta falta de liberdade religiosa na China e o programa de investimentos chinês Um Cinturão, Uma Rota.

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As grandes prioridades da política externa brasileira no momento, na visão da cúpula do Itamaraty e de olavistas, seriam a entrada na OCDE, o clube dos países ricos; ganhar o status de membro afiliado da OTAN e evitar uma relação co-dependente da China.

O entendimento é que, a longo prazo, seria mais inteligente uma maior aproximação com Coreia do Sul e Japão do que com Pequim.

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As informações são do jornal Folha de S.Paulo

 

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